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    Bolsonaristas dizem que golpe não foi consumado e falam em “consulta” de Bolsonaro a militares

    Deputados bolsonaristas minimizam o que veio à tona até o momento. Dizem que, se Bolsonaro tratou com chefes das Forças sobre medidas após a eleição e elas não foram tomadas, não há gravidade no relato

    Renata Agostinida CNN

    Aliados de Jair Bolsonaro (PL) dizem que o fato de o golpe de estado não ter se consumado exime o ex-presidente de acusações. O argumento vem sendo usado nos bastidores diante do relato de Mauro Cid à Polícia Federal.

    Em sua delação, conforme apurou a CNN, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que os comandantes das Forças chegaram a ser consultados sobre um plano golpista pelo então presidente.

    Deputados bolsonaristas minimizam o que veio à tona até o momento. Dizem que, se Bolsonaro tratou com chefes das Forças sobre medidas após a eleição e elas não foram tomadas, não há gravidade no relato.

    Falam ainda que Bolsonaro pode ter discutido, por exemplo, a aplicação do artigo 142 da Constituição, que versa sobre o papel das Forças Armadas.

    Em diversos momentos, o bolsonarismo levantou a tese de que esse artigo poderia ser invocado para justificar alguma medida caso a esquerda ganhasse as eleições – sempre sob o falso argumento de que as eleições seriam fraudadas.

    Ou seja, para bolsonaristas, a reunião descrita por Cid seria uma “consulta” aos chefes militares sobre a aplicação de um artigo da Constituição, diz um integrante do PL.

    Os bolsonaristas também se apressaram para resgatar declaração dada pelo general Villas Boas, ex-comandante do Exército, em 2017, sobre políticos de esquerda, às vésperas do impeachment de Dilma, terem buscado o Exército para discutir adoção de “estado de defesa”. Segundo eles, como não houve crime naquela ocasião, agora tampouco haveria.

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