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    Bolsonarista presa diz à PF querer evitar “comunismo no Brasil”; leia depoimento

    Depoimento, a que a CNN teve acesso, ocorreu nesta quinta-feira (29) logo após a prisão dela. No depoimento, os policiais buscam os financiadores do movimento. Ela, porém, disse que banca seus atos com recursos próprios

    Caio Junqueirada CNN

    A apoiadora do presidente Jair Bolsonaro Klio Hirano, presa nesta quinta-feira (29) sob acusação de ter participado dos atos de violência no dia 12 de dezembro em Brasília após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse em depoimento à Polícia Federal — obtido pela CNN — que “as suas manifestações buscam que o comunismo não se instale no Brasil”.

    O depoimento ocorreu nesta quinta-feira logo após sua prisão. Nele, fica claro que os policiais buscam os financiadores do movimento. Ela, porém, disse que banca seus atos com recursos próprios. No depoimento ela afirma que:

    • A fonte de renda dela é proveniente do marido;
    • Que está acampada nas imediações do Quartel General do Exército, em Brasília, há, aproximadamente, 40 dias ou mais;
    • Foi a Brasília de ônibus fretado por grupos de manifestantes;
    • Não contribuiu financeiramente para fretar o ônibus;
    • Está custeando apenas a sua própria alimentação, não contribuindo de qualquer forma para alimentação e estadia de outras pessoas.

     

    Leia a íntegra do depoimento de Klio Hirano:

    “Cientificado que, caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silêncio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado. Inquirido a respeito dos fatos investigados, RESPONDEU:

    Que não está exercendo atividade remunerada no momento;

    Que exerce a profissão de publicitária e jornalista;

    Que sua fonte de renda é proveniente do genitor de seu esposo;

    Que está acampada nas imediações do Quartel General do Exército, em Brasília, há, aproximadamente, 40 dias ou mais;

    Que veio de ônibus fretado por grupos de manifestantes;

    Que não contribuiu financeiramente para fretar o ônibus;

    Que está custeando apenas a sua própria alimentação, não contribuindo de qualquer forma para alimentação e estadia de outras pessoas;

    Que não se recorda de ninguém que esteja custeando despesas alheias;

    Que acredita que todos os manifestantes estão na mesma condição que a declarante;

    Que teve contato com o cacique Tserere e outros caciques;

    Que tal contato se deu de forma breve;

    Que, no dia 12 de dezembro de 2022; estava no shopping em frente ao Grand Mercury, quando recebeu a ligação que informava a prisão do cacique Tserere;

    Que, após a ligação, foi para a Sede da Polícia Federal;

    Que não tomou parte no movimento que tentou invadir a Sede da Polícia Federal, tampouco, tentou arrebatar ou resgatá-lo da custódia da Polícia Federal;

    Que não tomou parte em movimento de pessoas para provocar incêndios e danos generalizados nas imediações da Policia Federal, inclusive na 5“ Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal;

    Que fez publicações em redes sociais no dia 12 de dezembro de 2022, que as publicações tinham o objetivo de chamar pessoas de bem para irem até o local;

    Que o único objetivo era aumentar o número de pessoas no local, para pleitearem a libertação do cacique Tserere;

    Que sobre seu comentário sobre ser “legítimo” e não “infiltrado”, esclarece que pairaram comentários no acampamento sobre pessoas que seriam infiltradas, e que a própria
    declarante foi tomada como infiltrada, por isso fez questão de esclarecer para quem a estivesse ouvindo que era legítima;

    Que preza pilares do conservadorismo;

    Que suas falas são de estima às polícias, e que seus vídeos contem ela falando: viva a Polícia Militar, viva a Polícia Federal, etc.;

    Que possui muitos amigos policiais, que jamais teve a intenção de desrespeitar as forças de Segurança Pública;

    Que não estava acompanhada na frente da sede da Polícia Federal;

    Que no shopping, antes de receber a ligação que avisava da prisão do cacique, estava acompanhada de uma amiga, que foi para o hotel, quando a declarante resolveu ir até a Polícia Federal;

    Que não conhece SAMUEL BARBOSA CAVALCANTE, WALACE BATISTA DA SILVA, RICARDO YUKIO AOYAMA, JOEL PIRES SANTANA, WENIA MORAIS SILVA. ATILA REGINALDO FRANCO DE MELO, SILVANA LUIZINHA DA SILVA, ALAN DIEGO DOS SANTOS RODRIGUES, HELIELTON DOS SANTOS;

    Que conhece WELLINGTON MACEDO DE SOUZA, no entanto, não da oportunidade do acampamento em frente ao QG do Exército, já que sempre participou de marchas, nas quais ele também estava presente;

    Que chegou a vê-lo no acampamento, mas não conversaram nesse período;

    Que não tem posicionamento contrários às instituições, mas as suas manifestações buscam que o comunismo não se instale no Brasil.”