Bivar defende ministra supostamente ligada à milícia e diz que Lula acertou na escolha
Nos últimos dias circularam nas redes sociais fotos e vídeos de Daniela Carneiro ao lado de membros de milícias do Rio de Janeiro
O presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, saiu em defesa da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, em nota divulgada na noite da quarta-feira (5). Nos últimos dias circularam nas redes sociais fotos e vídeos da ex-deputada ao lado de membros de milícias do Rio de Janeiro.
“O União Brasil conhece a competência e confia na capacidade de gestão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro. Uma escolha acertada do presidente Lula para conduzir a política de turismo no país rumo ao desenvolvimento econômico e social”, diz a nota assinada por Bivar.
Nos últimos dias, membros do Partido dos Trabalhadores também saíram em defesa da ministra. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse em entrevista a jornalistas na quarta-feira (4) que “não há nenhuma materialidade concreta [sobre o caso] que crie nenhum tipo de desconforto [no governo] até o momento”.
As supostas ligações de Daniela foram primeiramente apontadas por conta de uma foto em que ela posa ao lado de Juracy Alves Prudêncio, denunciado pelo relatório final da CPI das Milícias, em 2008, por comandar uma milícia na Baixada Fluminense.
Jura, como é conhecido o homem que aparece nas fotos, é ex-sargento da polícia militar e cumpre pena de prisão pelos crimes de associação criminosa e homicídio. As imagens datam da campanha eleitoral de 2018, quando Daniela foi eleita deputada federal.
Segundo o relatório da CPI das Milícias, o ex-PM comandava milícias em diversos bairros da Baixada Fluminense. Sua organização ameaçava moradores e explorava serviços de táxi e sinal de TV a cabo nas localidades.
Além disso, Daniela apagou de suas redes sociais um vídeo em que recebe o apoio eleitoral de Márcio Pagniez, em 2018. Conhecido como Marcinho Bombeiro, ele foi preso preventivamente em 2019, acusado de homicídio e de liderar uma milícia no Rio de Janeiro.
Ao comentar o caso, a ministra do Turismo afirmou, por meio de nota, que “não compactua com qualquer ato ilícito e cabe à Justiça o papel de julgar quem comete possíveis crimes”. Ela destacou ainda que “durante a campanha de 2018 recebeu o apoio de milhares de eleitores em diversos municípios do estado”.