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    Barroso critica criminalização do aborto e diz que prender mulheres pelo ato “não serve para nada”

    Em evento no Rio de Janeiro, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) argumentou que é preciso enfrentar a questão de maneira mais inteligente

    O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso
    O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso 01/02/2024 - Fellipe Sampaio/SCO/STF

    Lucas SchroederRenata Souzada CNN

    São Paulo

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, criticou a criminalização do aborto e disse que prender mulheres pelo ato “não serve para nada”. A declaração foi feita nesta sexta-feira (8) durante aula magna lecionada pelo magistrado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

    “Precisamos lutar e conquistar o direito à liberdade sexual e reprodutiva das mulheres. É preciso explicar para a sociedade que o aborto não é uma coisa boa. O aborto deve ser evitado e, portanto, o Estado deve dar educação sexual, contraceptivos e amparar a mulher que quer ter filho”, defendeu o ministro.

    Essa é uma campanha de conscientização que precisamos difundir pelo Brasil para que a gente possa votar isso no Supremo, porque a sociedade não entende do que se trata. Não se trata de defender o aborto, trata-se de enfrentar esse problema de uma forma mais inteligente do que criminalizar o aborto, porque prender mulher não serve para nada.

    Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal

    Falando a jornalistas após o evento, Barroso declarou respeitar o “sentimento religioso das pessoas”, mas ressaltou que criminalizar mulheres pelo ato é uma medida intolerante e autoritária.

    “Eu tenho o maior respeito ao sentimento religioso das pessoas e acho perfeitamente legítimo que alguém pregue contra, não queira fazer, faça uma campanha para que não tenha, mas criminalizar o outro é uma forma intolerante e autoritária de viver a vida”, ponderou o presidente do Supremo.