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    Barroso cancela depoimento de Guedes em inquérito que mira Renan Calheiros

    Senador é investigado por suposto envolvimento em esquema de corrupção no fundo de pensão Postalis, dos funcionários dos Correios

    Senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes
    Senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Gabriela Coelhoda CNN Em Brasília

    O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou o depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, dentro de um processo que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por suposto envolvimento em esquema de corrupção no fundo de pensão Postalis, dos funcionários dos Correios. A oitiva estava marcada para esta quarta-feira (1º).

    Segundo o ministro, em hipóteses como a do processo, devem ser ajustados de forma prévia o local, dia e hora para a inquirição.

    “Não há impedimento para que a autoridade policial proceda à oitiva de pessoas não arroladas pelo Ministério Público Federal [MPF], considerando sua prerrogativa de conduzir a investigação criminal por meio do inquérito policial, o que abrange a possibilidade de requisitar perícias, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. Assim, não está excluída a possibilidade de oitiva de Ministro de Estado, na condição de testemunha, em procedimento investigativo. Devem ser observadas, contudo, as cautelas necessárias à preservação da condição funcional do depoente”, disse Barroso.

    O ministro também afirmou que a defesa do ministro deve ter acesso prévio aos elementos já documentados na investigação que justifiquem a realização do ato. “Nesse caso, poderá a autoridade policial resguardar os documentos sigilosos relativos a outras diligências em curso”, disse.

    De acordo com a defesa, o ministro não tem relação com os fatos investigados e afirmam que sua intimação foi uma “ação excessiva”.

    Nesta semana, o procurador-geral da República, Augusto Aras, expôs em um aplicativo de mensagens, sem querer, uma conversa sobre a dispensa do ministro da Economia no depoimento. As mensagens foram apagadas em seguida.