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    Barbalho: Bolsonaro estimula quem se preocupa mais com economia do que com vida

    Renata Agostinida CNN

    O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou à CNN que, ao insistir em incentivar a retomada das atividades econômicas enquanto o novo coronavirus avança no país, o presidente Jair Bolsonaro estimula aqueles que estão “mais preocupados com a economia do que com a vida”. Barbalho endureceu as medidas de isolamento social no estado.

    “Respeito o presidente. Vivo muito bem com o contraditório. Minha formação é democrática, mas não concordo. Acho que o líder deve dar exemplo. Quando o exemplo é na contramão da ciência, da proteção à vida, seguramente é algo que discordo”, afirmou em conversa por telefone neste domingo (29).

    Barbalho editou um decreto com novas medidas restritivas no Estado e autorizando o uso de força policial para dispersar manifestações. Agora, no Pará só são permitidas aglomerações de até 100 pessoas. Anteriormente, Barbalho autorizava reuniões de até 500 pessoas.

    Neste domingo (29), uma operação, que contou com viaturas da Polícia Militar e helicópteros, impediu que uma carreata em defesa do fim das medidas de distanciamento social fosse realizada nas ruas de Belém.

    Barbalho afirma que é cedo para repensar as medidas de restrição. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou durante coletiva de imprensa no sábado (28) que sinalizara ao presidente Jair Bolsonaro que medidas de relaxamento poderiam começar a ser tomadas a partir do dia 6 ou 7 de abril.

    Para o governador do Pará, não é plausível fazer essa previsão neste momento, já que estamos ainda “no início do ciclo, na base da montanha” e ainda é preciso avaliar como a doença vai evoluir. Segundo ele, houve confirmação há pouco de mais um caso, levando o número de infectados pelo novo coronavírus a 19 no Estado.

    “Neste momento, imaginar que teremos já dia 6 ou 7 condições de relaxamento… Respeito as opiniões, mas entendo que é prematuro. O mais razoável e o ideal é que as medidas restritivas sem tomadas e reafirmadas. Claro, se a ciência nos próximos dias nos apresentar soluções que possam ser um alento ao momento que estamos vivendo, nós teremos com grande satisfação que rever a estratégia. Enquanto a ciência não nos dá essa condição o único cenário de proteção é o isolamento”.

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