Baleia se lança à presidência da Câmara e defende vacina e auxílio emergencial
Discurso foi feito ao lado de representantes de DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PSB, Rede e PC do B
O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) lançou nesta quarta-feira (6) sua candidatura à presidência da Câmara com o aval do atual ocupante do cargo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com um discurso de defesa da “vacina para todos”.
O emedebista também prometeu que buscará uma solução para o fim do auxílio emergencial a trabalhadores informais, que deixou de ser pago no dia 31 de dezembro.
“Temos que nos unir para cobrar uma vacina universal, vacina gratuita e para todos”, afirmou rodeado por representantes dos partidos do bloco que o apoia: DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PSB, Rede e PC do B. As exceções foram PDT e PT. Com a maior bancada, 52 deputados, o PT relutou a embarcar na candidatura do emebista.
Rossi, no entanto, destacou a união de representantes de ideologias tão antagônicas em um grupo que pode chegar a 281 votos, número que seria suficiente para elegê-lo no dia 2 de fevereiro se não houvesse dissidências internas nos partidos. “A luta pela defesa da democracia, o respeito a ciência e a luta pela vacina para todos são objetivos muito maiores que qualquer diferença”.
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Para ele, “vivemos um momento histórico”. “Desde a redemocratização do país, nós não tínhamos a união do país que pensa diferente, formando uma frente ampla. Existe um motivo para isso. nós somos o que a sociedade espera, a sociedade quer mais união e espera uma luta por democracia e por liberdade”, continuou.
O deputado destacou a importância de uma Câmara livre e independente para fazer contraponto ao Executivo e fez um aceno aos milhões de brasileiros beneficiados pelo auxílio emergencial.
“A pandemia não acabou. Nós temos hoje milhões de brasileiros que vão deixar de receber o auxílio emergencial e vão voltar a ter dificuldades de ter o alimento na sua mesa. Temos que buscar uma solução, ou aumentando o Bolsa Família ou buscando uma renovação do auxílio emergencial para os mais pobres”, defendeu.
Rossi fez elogios a Maia, a quem atribuiu o mérito de aproximar a “Câmara da sociedade”, e se comprometeu com uma gestão independente e a trabalhar para aprovar as reformas.
“A Câmara não pode ser submissa. É um espaço de representação da sociedade, quanto mais setores abrigar, mais responsabilidade tem. Esse bloco está junto para defender a nossa Constituição e para fazer as reformas de que o Brasil precisa, como, por exemplo, a reforma tributária”, declarou.
“Contem comigo para uma Câmara livre e uma democracia viva. Até a vitória, se Deus quiser”, finalizou.
Votação remota
Rossi criticou o adversário, Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por questionar a possibilidade de a eleição para a presidência da Câmara ser realizada virtualmente, como aconteceu com as sessões deliberativas durante o ano passado por causa da pandemia de Covid-19.
Para o emedebista, as suspeitas levantadas por Lira são “factoides que não existem, síndrome do Trump”, afirmou em referência às acusações de fraude nas eleições americanas feitas pelo presidente Donald Trump.