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    Aziz: ‘Temos certeza de que governo federal nunca apostou na vacina’

    Presidente da CPI da Pandemia disse à CNN que 'não precisa mais se provar' que Bolsonaro negligenciou compras das vacinas contra a Covid-19

    Produzido por Layane Serrano, da CNN em São Paulo

     

    Em entrevista à CNN, o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que os senadores da comissão já chegaram à conclusão de que o governo federal foi omisso e negligente em relação à compra das vacinas contra a Covid-19.

    “Nós temos certeza que o governo federal nunca apostou na vacina, nunca quis comprar, apostava no tratamento precoce e na imunização de rebanho. Isso nós temos certeza, não precisa mais se provar”, disse.

    Segundo o senador, a situação ficou comprovada após os depoimentos concedidos à CPI pelo presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

    “A Pfizer foi lá e mostrou para a gente que o governo não se interessou em negociar. Esse é um ponto. O [Instituto] Butantan esteve lá conosco e disse que em dezembro de 2020 nós teríamos condições de ter 60 milhões de vacinas e o governo parou a negociação — que ocorria a partir daquela reunião entre o ministro, os governadores e o Butantan —, e o presidente [Jair Bolsonaro] logo em seguida veio dizendo que quem mandava era ele e não ia comprar vacina nenhuma da China.”

    Cloroquina

    Aziz explicou que a CPI vai partir para novas investigações e o debate sobre a legalidade ou não do uso da cloroquina sairá do foco da discussão — embora o depoimento da médica Nise Yamaguchi, defensora do fármaco, esteja mantido para esta terça-feira (1º).

    “Ela tem as suas crenças em termos de medicação, de tratamento, mas nós não queremos saber isso dela. Nós não queremos debater cloroquina, acho que cloroquina já deu. A CPI não tem mais que ficar dependendo se é a favor ou contra. Isso não cabe à CPI decidir, cabe à ciência decidir se faz bem ou mal”, disse.

    O senador ainda cobrou um posicionamento do Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), ligado ao Ministério da Saúde, a respeito do tema.