Aziz diz que CPI não fará ‘ouvido de mercador’ às acusações de Wilson Witzel
Presidente da comissão no Senado confirma foco em instituições federais do Rio de Janeiro
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia, classificou como “graves” as acusações feitas pelo ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) durante depoimento no Senado. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
Aziz afirmou que a comissão não vai fazer “ouvido de mercador” às alegações de Witzel sobre o sistema de saúde federal do Rio. Na oitiva de quarta-feira (16), o ex-governador chegou a dizer que a saúde do estado tinha dono e insinuou atuação de organizações criminosas. Esse, segundo Aziz, será o novo foco da CPI a partir de agora.
O presidente da comissão confirmou que a sessão secreta solicitada por Witzel irá ocorrer.
Wizard
A ausência do empresário Carlos Wizard, que supostamente integrou um gabinete paralelo que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a pandemia, foi chamada de “desrespeito” por Omar Aziz.
Wizard deveria ser ouvido pelos senadores nesta quinta-feira (17), mesmo dia em que o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo prestaria depoimento, mas a sessão foi suspensa.
Para Aziz, Wizard faltou com respeito não só com a CPI, mas também com o Supremo Tribunal Federal (STF), pois ele recorreu e obteve habeas corpus que o garantiu o direito de silêncio durante a oitiva, mas se negou a comparecer sem justificar mesmo assim.
O presidente da comissão voltou a citar condução coercitiva do empresário é a opção que mais tem força entre os integrantes da CPI da Pandemia e disse que objetivo dos senadores é cumprirem com o seu dever, que é convocar e utilizar os instrumentos que lei dá para chegar a esses fins. No entanto, se o Supremo entender diferente, nós respeitaremos a decisão, afirmou Aziz.
Publicado por Guilherme Venaglia