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    Aziz adia depoimento de dono da Precisa Medicamentos à CPI para a próxima semana

    Empresário Francisco Maximiano informou que não poderia comparecer por estar cumprindo quarentena imposta pela Anvisa

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    Durante a sessão desta terça-feira (22), o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o depoimento do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, será adiado para a próxima semana.

    A nova oitiva deve ser realizada na quinta-feira (30) ou na sexta-feira (1º).

    Mais cedo, o empresário apresentou à CPI uma petição na qual informa que não poderá comparecer ao seu depoimento na comissão nesta quarta-feira (23) por estar cumprindo quarentena imposta pela Anvisa após viagem à Índia. A informação é do analista da CNN Caio Junqueira.

    “Poderia ter nos comunicado antes, aí a gente teria alguém para estar presente(…) Então estaremos transferindo a oitiva para a semana que vem”, disse Aziz.

    Segundo uma portaria da Anvisa, brasileiros que chegam da Índia, Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul precisam ficar em quarentena de 14 dias antes de entrarem no país. Ele anexa um documento que mostra a entrada dele no Brasil no dia 15 de junho com a ordem da anvisa para quarentena.

    Além disso, os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que defendem Maximiano e a Precisa Medicamentos, pediram acesso aos documentos da CPI.

    Em nota, eles colocam ainda Maximiano e a empresa à disposição das autoridades “para desmentir as inverdades que maliciosamente vem sendo difundidas, prestar os devidos esclarecimentos e mostrar como a contratação da vacina Covaxin obedeceu a todos os critérios de integridade, valor de mercado e interesse público”.

    O contrato da Precisa com o Ministério da Saúde foi feito no dia 25 de fevereiro e virou um dos principais focos de apuração da CPI da pandemia pelo valor e velocidade com que foi feito. Foram acertadas 20 milhões de doses a um preço de R$ 1,6 bilhão, o valor mais caro por dose. A negociação também foi a mais rápida. Os senadores também apontam que foi a única compra com um intermediário.

    Nos bastidores, a Precisa tem dito que ela representa os interesses da Bharat Biotech, que não tem CNPJ no Brasil. Logo, seria equivocado atribuir a ela a condição de intermediária. Diz ainda que a política de preços é determinada pelo fabricante, a Bharat Biotech, e que o preço praticado pela empresa foi o mesmo com todos os países, à exceção do seu país de origem, a Índia. Diz ainda que o valor é superior em razão da tecnologia utilizada que a torna muito segura.

    Presidente da CPI, Omar Aziz
    Presidente da CPI, Omar Aziz
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    Leia a íntegra da nota:

    “A defesa de Francisco Maximiano e da Precisa Medicamentos protocolou petição junto à CPI, informando que o empresário encontra-se cumprindo quarentena imposta pela ANVISA, em razão de ter feito viagem recente à Índia. Além disso, Francisco e a Precisa requereram acesso aos autos da CPI, colocando-se à disposição das autoridades para desmentir as inverdades que maliciosamente vem sendo difundidas, prestar os devidos esclarecimentos e mostrar como a contratação da vacina Covaxin obedeceu a todos os critérios de integridade, valor de mercado e interesse público. A contratação, é preciso deixar claro, beneficiará milhões de brasileiros e seguiu todas as regras do Ministério da Saúde e das leis brasileiras, bem como os padrões praticados internacionalmente pelo laboratório indiano Bharat Biotech, no mesmo patamar dos outros laboratórios contratados no país, com vantagem de ter soluções de armazenamento mais simples e mais baratas para o MS.” Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados de Francisco Maximiano

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