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    Áudio com Bolsonaro e Ramagem mostra suposto plano de interferência em investigação, diz PF

    Operação da Polícia Federal (PF) aponta suposto plano para interferir na apuração do caso das "rachadinhas" envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

    Da CNN

    A Polícia Federal (PF) afirma ter identificado um áudio que mostra um suposto plano de interferência em investigação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem – agora deputado federal pelo PL – e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, em que eles, supostamente, discutem um plano para anular uma investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”.

    De acordo com as informações divulgadas, o conteúdo da gravação sugere que os envolvidos discutiam um plano para anular uma investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas” (desvio de dinheiro público).

    Esta revelação faz parte da quarta fase da Operação Última Milha, que investiga o uso indevido da estrutura da Abin.

    Repercussões e prisões

    A operação resultou na prisão de cinco pessoas e gerou forte repercussão no cenário político nacional.

    Senadores como Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Omar Aziz (PSD-AM), que teriam sido alvo de espionagem ilegal, manifestaram-se publicamente.

    Randolfe afirmou que “a violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remetem às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade”.

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se pronunciou, declarando que “contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias e se utilizar do aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é ato criminoso que fragiliza não somente a instituição, mas a democracia e soberania do país”.

    Uso indevido da ABIN

    As investigações da PF apontam que todo o aparato da Abin era utilizado pelo núcleo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em benefício próprio. O objetivo seria investigar rivais políticos e beneficiar aliados do então presidente.

    A conclusão da PF é que a estrutura dessa agência de inteligência foi de fato usada para interesses particulares de Bolsonaro, comprometendo a integridade e a missão institucional da Abin.

    O que diz Alexandre Ramagem

    O ex-diretor-geral da Abin se manifestou, nas redes sociais, a respeito do caso na manhã desta sexta-feira (12).

    “Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas.

    O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriam, parece ter ficado de lado.

    A aquisição foi regular, com parecer da AGU, e nossa gestão foi a única a fazer os controles devidos, exonerando servidores e encaminhando possível desvio de uso para corregedoria. A PF quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da Abin.

    Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas, na verdade, não. Não se encontram em first mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade.

    Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial.

    A PGR não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação.

    Há menção de áudio que só reforça defesa do devido processo, apuração administrativa, providência prevista em lei para qualquer caso de desvio de conduta funcional.

    Houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa.

    No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro.”

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

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    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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