Atos criminosos de 8 de janeiro completam um mês e governo estuda construir memorial
Ministra da Cultura, Margareth Menezes, vem conduzindo conversas sobre construção de monumento, que deve ficar na Praça dos Três Poderes ou no Museu da República, em Brasília
Os atos criminosos contra as sedes dos Três Poderes completam um mês nesta quarta-feira (8). O governo federal planeja construir um memorial em Brasília para que as pessoas não se esqueçam dos ataques e para que o episódio não se repita.
Quem vem conduzindo as conversas sobre esse tema é a ministra da Cultura, Margareth Menezes. A ideia a princípio é que seja construída uma espécie de um museu, com imagens da destruição do ato criminoso.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em coordenação com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para avaliar onde o memorial pode ser instalado.
A Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes e os edifícios-sede dos Poderes na capital federal são tombados pelo patrimônio público, então é necessária uma autorização para que se construa essa exposição.
A CNN apurou que dois locais são discutidos pelas autoridades. A primeira opção é a Praça dos Três Poderes – onde se encontram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
A segunda seria próximo ao Museu Nacional da República, no Eixo Monumental de Brasília, na altura de onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) romperam o escasso bloqueio policial em 8 de janeiro.
Os prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário também possuem iniciativas próprias de memoriais sobre os atos criminosos.
O STF, por exemplo, deixou peças e pedras expostas relembrando o ocorrido, além do busto do jurista e patrono da advocacia brasileira, Ruy Barbosa, que permanece exposto com marcas dos ataques.
No Planalto, onde várias obras de arte foram destruídas, a ideia é que elas sejam recuperadas, mas ao lado seja colocada uma etiqueta com a imagem da obra destruída.