Ataques não são a melhor estratégia para conquistar indecisos, diz professora
À CNN Rádio, Silvana Krause afirmou que o eleitorado de indecisos não é homogêneo e que está “congelado” nas intenções de voto
A seis dias do segundo turno das eleições, os indecisos, embora representem apenas 7% do eleitorado, podem decidir o resultado das urnas.
É o que explica a professora de pós-graduação em ciências políticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Silvana Krause.
Em entrevista à CNN Rádio, ela afirmou que há uma contradição muito grande neste momento.
“Ao mesmo tempo em que grande parcela da população já se decidiu, temos percentual praticamente ‘congelado’ de indecisos.”
Na avaliação da professora, esses são “eleitores muito diversos, de vários perfis, não é um eleitor de um segmento específico, há mulheres, homens, evangélicos, católicos, de várias regiões.”
Dessa forma, ela acredita que tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto Jair Bolsonaro (PL), têm um “desafio enorme” para atingir esse eleitor.
Silvana disse não acreditar que a troca de ataques entre os candidatos seja uma boa estratégia, “porque pode trazer uma maior rejeição para aquele que ataca, ao invés do atacado.”
Para ela, os indecisos, justamente por não serem um segmento homogêneo, devem ter comportamento diferenciado no dia da eleição, em 30 de outubro.
*Com produção de Isabel Campos