Ataques antidemocráticos são atentados nocivos à sociedade brasileira, diz Pacheco
Para o presidente do Senado, "é inimaginável pensar que seja necessário defender o Judiciário de ataques sem fundamento"
O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou, nesta quinta-feira (12), durante o 24º Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador, que ataques antidemocráticos são atentados nocivos à sociedade brasileira.
“É inimaginável pensar também que a essa altura nós estejamos a defender instituições, estejamos a defender o Judiciário de ataques absolutamente sem fundamento algum, sem laço probatório, sem razoabilidade. Portanto, esse ambiente que nós estamos hoje, de certa instabilidade, de ataques antidemocráticos, de arroubos que parecem populares para um determinado grupo, na verdade são atentados muito nocivos à sociedade brasileira”, afirmou Pacheco.
Para o chefe do Legislativo, é inconcebível, que em pleno ano de 2022, com a conjuntura de problemas que fazem parte do Brasil, ainda seja necessário dispor energia para a defesa da democracia, “que já está assimilada na sociedade e que deveria ser uma defesa de todos, sem exceção, porque é a única forma que nós temos de conviver de forma harmônica e com algum progresso no nosso país.”
Pacheco indica ser necessário ter uma obrigação de união, respeito, responsabilidade com o Judiciário. E que do alto da sua “cadeira de presidente do Senado e do Congresso Nacional”, ele respeita o Poder.
“Eu quero que os membros desse Poder, seja um juiz de Direito em uma comarca distante do interior do meu estado, Minas Gerais, seja no interior da Paraíba, até um ministro do Supremo Tribunal Federal [STF], tenha garantidas as suas prerrogativas, os seus direitos, que possa manifestar a sua independência e a sua imparcialidade nos altos do processo e que tenha um reconhecimento da sociedade brasileira.”
O parlamentar explica que o Judiciário “tem cumprido o seu papel” para o bem da sociedade. Em sua visão, no atual momento, tem imperado o populismo, a demagogia e um certo grau de covardia no Brasil.
E, que por isso, é necessário ter coragem para assumir posições em defesa da Justiça. “É o que eu tenho feito há todo instante quando há qualquer tipo de ataque ao Judiciário: imediatamente no Congresso Nacional há uma reação igualmente proporcional a esses ataques. E não é por isso que nós estamos vivendo hoje no país, que nós vamos deixar de cuidar das prerrogativas e da evolução da carreira dos magistrados brasileiros.”