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    Assessor diz ao MPF que Silveira esteve com celular na prisão ‘o tempo todo’

    Mário Sérgio afirmou que, em momento algum, houve revista por parte da Polícia Federal

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

    Nesta quarta-feira (16), o procurador da República, Eduardo Benones, ouviu um dos assessores do deputado Daniel Silveira que foram flagrados entregando celulares ao parlamentar quando ele estava preso.

    Inicialmente, estavam marcados os depoimentos dos dois assessores, mas apenas Mário Sérgio foi ouvido pelo procurador, que é do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF). 

    Em seu depoimento, o assessor disse que os dois celulares que foram posteriormente apreendidos pela Polícia Federal (PF) com Silveira estiveram o tempo inteiro com o deputado. Mário Sérgio alegou que, quando entrou com seu carro particular na sede da PF, não houve qualquer tipo de revista. Ele afirmou ainda que entrou com seu próprio celular e que Silveira permaneceu com os dois celulares o tempo todo. 

    O procurador se disse surpreso com o fato de que em momento algum, segundo os relatos do assessor, os celulares foram recolhidos pela Polícia Federal.

    “O que nós queremos saber, na verdade, é se de fato esses celulares já estavam em poder do deputado, se ficaram o tempo todo com o deputado, inclusive, com o deputado tendo utilizado esses celulares desde o momento que foi preso, e quando foi ao IML fazer o corpo de delito. A nossa convicção é que ou os assessores estão dizendo a verdade e houve negligência por parte da PF ou existe alguma coisa que ainda precisa ser descoberta”, pontuou o procurador.

    O Ministério Público Federal informou que o depoimento do segundo assessor será colhido ainda nesta quinta-feira (17) ou na próxima sexta (18). Segundo informou à CNN, a ideia dos depoimentos é “instruir um procedimento investigatório criminal que apura em que circunstâncias houve o ingresso de dois celulares na sede da Polícia Federal no dia em que o deputado foi preso”. 

    No episódio investigado, as imagens das câmeras da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro mostraram o deputado escondendo os aparelhos telefônicos dentro da própria calça.
    No dia 16 de fevereiro, Alexandre de Moraes determinou a prisão de Daniel Silveira. Ele foi preso em flagrante, depois de ter divulgado um vídeo em que faz apologia ao Ato Inconstitucional 5, o AI-5, o ato de repressão mais duro da Ditadura Militar. Daniel também defendeu a destituição do STF.

    Dois dias depois de ser preso, em 18 de fevereiro, a PF do Rio apreendeu dois aparelhos de telefone celular durante uma vistoria na cela do deputado. À época, um inquérito foi aberto para apurar se Daniel mantinha os aparelhos dentro da cela.

    O deputado foi da Polícia Militar do Rio, onde teve 60 sanções disciplinares.

    Questionada, a Polícia Federal ainda não se manifestou sobre o conteúdo do depoimento do assessor de Daniel Silveira.

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