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    ‘Artista não quer esmola’, diz secretário de Cultura Mário Frias

    Noeli Menezes e Guilherme Niero, da CNN em Brasília e São Paulo

    Secretário especial de Cultura, o ator Mário Frias afirmou neste sábado (27) que artista “não quer esmola”, em referência ao auxílio emergencial de R$ 600 aprovado para a categoria pelo Congresso. Segundo ele, “a responsabilidade de sustentar a classe artística está na mão dos governadores”.

    “O presidente [Jair Bolsonaro] tem falado que tem que ter responsabilidade na hora de abrir [a economia]. Artista não quer esmola. A maioria que eu vejo diz: ‘Me deixa trabalhar’. Não quer auxílio”, afirmou em entrevista ao canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Youtube.
     
    Frias citou o cinema como exemplo “da ponta que está quebrada”. “Como está o cara que tem uma sala de cinema? Não é só cultura, é a economia de muitas cidades, o turismo.”

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    Ele tentou definir o conceito de cultura que vai permear sua gestão. “Cultura não é o que você decide nem o que está escrito nos livros. É a capacidade que você tem de lidar com todo o meio ambiente, com as situações que você enfrenta. Ou você vai achar que sua cultura é igual à do ribeirinho?”

    Lei Rouanet

    O secretário rebateu críticas ao tratamento que o governo dá à Lei Rouanet e disse que tem a “missão de democratizar a lei da cultura”. “O problema não é a lei. O problema é quem abraçou a lei para uso exclusivo. A lei não é exclusiva, é para todos. A lei de incentivo à cultura é fundamental para um país que se preocupa com cultura.”

    Para Frias, a maioria dos artistas tem dificuldade para acessar a lei porque “existem os barões da Lei Rouanet”. Defendeu uma auditoria nas concessões já dadas. E tentou atrair a classe artística com um discurso conciliador.

    Frias, disse ainda não gosta de aparecer. “Não sou uma pessoa política, não tenho ambições políticas, estou aqui pra fazer um trabalho executivo”, afirmou. Ele também explicou por que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o posto. “Não tenho obrigação de fazer foto, não tenho obrigação de ser ‘baba ovo’. Estou no lugar que eu gosto de estar”, disse.

    TV

    O secretário citou sua passagem pela TV Globo, onde trabalhou durante 13 anos. “É uma escola, te desenvolve. Sempre fui um apaixonado por televisão, eu opero áudio, edito. Como produtor, consegui me sentir pleno”, conta.

    Ele rechaçou comentários sobre sua passagem pela novela Malhação. “Você não pode desprestigiar um programa que está há 20 anos no ar. Muitas pessoas que estão na TV hoje passaram por Malhação.”
    E falou sobre se sentir deslocado no meio artístico pelo seu perfil mais conservador. “É claro que sou eleitor do meu presidente. Por muitos anos me senti um ET no meu meio artístico.”

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