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    Articulação de Doria fortalece Eduardo Leite no PSDB

    Um grupo de deputados federais tucanos deverá ir até Porto Alegre nesta quinta-feira almoçar com Leite

    Caio Junqueirada CNN



     

    A articulação do governador de São Paulo, João Doria, para assumir o controle do PSDB, afastar o deputado Aecio Neves do partido e pressionar para que a legenda se posicione como oposição ao presidente Jair Bolsonaro acabou por fortalecer internamente o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

    Um grupo de deputados federais tucanos deverá ir até Porto Alegre nesta quinta-feira almoçar com Leite. “Vão vários deputados federais”, disse à CNN o deputado Celso Sabino, do PSDB do Pará.

    Uma das lideranças do movimento é o deputado federal Aécio Neves, que não confirmou que irá a Porto Alegre, mas tem operado nos bastidores em favor de Leite. Seus defensores afirmam que a maioria da bancada está com ele na defesa tanto de Leite quanto contrária ao movimento de Doria para afastar Aécio. Dizem não haver nenhum fato novo contra o deputado que justifique uma nova investida do governador paulista contra ele. Além disso, dizem que o partido hoje está majoritariamente mais próximo de Bolsonaro.

    Do lado do Palácio dos Bandeirantes, a avaliação é a de que há uma paralisia no partido. Questiona-se por exemplo por que motivo a legenda em Brasília não apresenta requerimentos questionado o governo e  não defende CPIs enquanto Doria finca os pés como oposição ao Palácio do Planalto. Também há a leitura de que o partido tem força hoje porque controla o estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país.

    Apesar das dificuldades, Doria não pretende mudar a estratégia. Avalia que com isso consegue passar uma mensagem de moralista e não-adesista. Há, segundo seus interlocutores, respalfo para essa estratégia. Pesquisas que chegaram ao governador apontam que hoje ele tem 5,4% das preferências em uma pesquisa eleitoral ante 3,4% em maio de 2020.

    “Nossa base não é bolsonarista. A adesão ao governo Bolsonaro não é aceita pela base. O cenário ideal é sermos oposição”, disse à CNN o secretário estadual de Desenvolvimento regional e presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi.

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