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    Abin paralela: “Fatos são graves”, mas Conselho de Ética tem autonomia, diz Lira à CNN

    Presidente da Câmara destacou que "nenhum fato anterior" ao da atual Legislatura pode ser julgado no Conselho de Ética

    Henrique Sales Barrosda CNN , São Paulo

    Em entrevista à CNN, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o Conselho de Ética tem “autonomia” para tratar sobre o caso do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) em meio ao caso da “Abin paralela”.

    “Lógico que os fatos não são suaves, nem brandos: os fatos são graves. Mas vocês têm que entender também que todo processo que chega, eu encaminho para o Conselho de Ética, que tem autonomia de decisão” afirmou Lira, nesta segunda-feira (15), ao CNN 360º (de segunda a sexta-feira, das 15h às 18h).

    Na semana passada, a Polícia Federal (PF) prendeu auxiliares de Ramagem em seu período na diretoria-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) – entre 2019 e 2022, durante o governo Bolsonaro (PL) – por suposta espionagem ilegal via aparato do órgão.

    Em inquérito, a PF apontou que, com a Abin sob o comando de Ramagem, houve monitoramento de advogados de desafetos de Bolsonaro, jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio Lira, entre outros nomes.

    A Presidência da Casa não tem, nunca teve e jamais terá ingerência sobre resultados, andamento e votações (no Conselho de Ética), por mais que eu concorde ou discorde a respeito do conselho – mas pelo menos ele funciona

    Arthur Lira

     

    Lira, porém, destacou que “nenhum fato anterior” ao da atual Legislatura (2023-2026) pode ser julgado no Conselho de Ética. “Foi assim que o deputado (André) Janones (Avante-MG) foi absolvido no conselho“, acrescentou.

    “A gente tem que ter cuidado com que preconiza o nosso regimento, em detrimento de tudo que aconteceu”, afirmou Lira.

    “Os caminhos naturais (em relação a Ramagem) são instrução do processo, levantamentos com minúncias de o que aconteceu, quem são os responsáveis (pelos monitoramentos), para quem se destinou esse acompanhamento de autoridades, com qual finalidade, quem mandou… E isso, não tenho dúvida que a Polícia Federal, a própria Abin, o Ministério Público e o STF devem estar muito adiantados”, finalizou.

     

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