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    Aras expõe, por engano, conversa sobre dispensar Guedes de depor em inquérito

    Mensagens sobre uma investigação do senador Renan Calheiros foram apagadas em seguida

    Augusto Aras, procurador-geral da República, e Paulo Guedes, ministro da Economia
    Augusto Aras, procurador-geral da República, e Paulo Guedes, ministro da Economia REUTERS/Adriano Machado

    Gabriela CoelhoAnna Russida CNN em Brasília

    O procurador-geral da República, Augusto Aras, expôs em um aplicativo de mensagens, sem querer, uma conversa sobre a dispensa do ministro da Economia, Paulo Guedes, em depoimento no âmbito de um inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

    “Seria possível receber o advogado do Paulo Guedes, o dr. Ticiano Figueiredo por 5 minutos? Assunto: possível dispensa de Paulo Guedes, junto à PF [Polícia Federal], em processo investigativo contra Renan Calheiros, onde Guedes não é parte”, diz a primeira mensagem.

    A possível resposta que o procurador-geral teria dado também foi publicada: “Sim. Falaremos no celular e ajustaremos”.

    As mensagens foram apagadas em seguida.

    A apuração mira supostas fraudes no fundo de pensão dos Correios, o Postalis, entre 2010 e 2016. Em 12 de maio, Guedes pediu ao Supremo a dispensa de depor. A investigação foi aberta em 2017 e é relatada pelo ministro Luís Roberto Barroso.

    Procurada, a assessoria do Ministério Público Federal (MPF) afirmou que “trata-se de pedido de audiência recebido pelo procurador-geral da República com resposta indicando que seriam tomadas as providências para checar a viabilidade de futura agenda”.

    A defesa de Guedes ainda não se manifestou.