Aras concorda em prorrogar inquérito sobre suposta interferência na PF
Inquérito apura falas do ex-ministro Sergio Moro sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF
O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou nesta terça-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que diz ser favorável ao pedido da Polícia Federal para prorrogar o inquérito que apura falas do ex-ministro Sergio Moro sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF.
O procurador-geral da República manifesta-se pelo deferimento do requerimento formulado pela PF, de modo a serem cumpridas as “diversas diligências de polícia judiciária já determinadas pelas autoridades policiais que atuam na presente investigação criminal” para a conclusão do inquérito”, diz.
Na semana passada, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, pediu que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse em um pedido feito pela delegada Christiane Correa Machado para a prorrogação de 30 dias para conclusão da investigação criminal que investiga denúncias contra o presidente Jair Bolsonaro.
Ao anunciar sua saída do governo, em 24 de abril, Moro havia dito que Bolsonaro tentou interferir politicamente no trabalho da Polícia Federal e em inquéritos relacionados a familiares. O pedido de abertura do inquérito foi encaminhado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Decano do STF, Celso de Mello foi sorteado relator do pedido.
No dia 22, ministro Celso de Mello autorizou a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, cuja gravação foi apontada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova na investigação de suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.