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    Após ser preso, Crivella ficou em silêncio e chegou a cochilar na delegacia

    A prisão de Crivella é um desdobramento da Operação Hades, que investiga um suposto 'QG da Propina' na Prefeitura do Rio.

    Thayana Araújo e Maria Mazzei, da da CNN, no Rio de Janeiro

    Ao chegar na Cidade da Polícia, por volta das 6h30 desta terça-feira (22), após ser preso, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, optou por não falar aos investigadores. Crivella foi conduzido à delegacia Fazendária e ficou cerca de cinco horas em uma sala.  

    Segundo fontes ouvidas pela CNN, ele estava calmo, foi bastante educado, só aceitou beber água e não quis comer nada. Enquanto aguarda seu advogado, chegou a cochilar alguns minutos. Minutos antes, enquanto andava até a delegacia, o prefeito falou com os jornalistas.  

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    Disse que espera justiça, que enfrentou a corrupção na cidade e que estava sendo alvo de perseguição política. “Lutei contra o pedágio ilegal, tirei recursos do carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, afirmou. 

    Marcelo Crivella está a nove dias do fim mandato, que termina em 31 de dezembro. Ele disputou a reeleição e foi derrotado por Eduardo Paes (DEM), que toma posse em 1º de janeiro de 2021.
    Com a prisão de Crivella, assume interinamente o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (DEM). O vice-prefeito Fernando Mac Dowell morreu em maio de 2018.

    Marcelo Crivella só aceitou beber água e não quis comer nada enquanto aguardava
    Marcelo Crivella só aceitou beber água e não quis comer nada enquanto aguardava o advogado
    Foto: Arquivo Pessoal

    O Ministério Público investiga um esquema de pagamento de propina na prefeitura –chamado de “QG da propina”. O empresário Rafael Alves, também preso na operação de hoje, é apontado com um dos líderes da organização ao lado de Crivella. 

    Trocas de mensagens entre eles, segundo os investigadores,  indicam que o prefeito tinha ciência das ilegalidades supostamente cometidas no município. O inquérito contra Crivella, cujo conteúdo permanece sob sigilo, foi aberto no ano passado com base na delação premiada de Sérgio Mizrahy, um agiota da zona sul da cidade. Ele alegou que lavava o dinheiro da organização criminosa operada por Crivella e Rafael Alves.

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