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    Eleições 2022

    Após saída do União Brasil, MDB tenta fortalecer candidatura de Tebet na terceira via

    Levantamento, mostra cenário favorável de votos à senadora, quando consultados eleitores que não apoiam nem Lula, nem Bolsonaro

    Larissa Rodriguesda CNN , Brasília

    Poucas horas depois do União Brasil desembarcar da chamada terceira via, a direção da campanha da pré-candidata à presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS), divulgou dados de uma pesquisa qualitativa de intenção de votos.

    Segundo o levantamento, há um cenário favorável de votos à senadora, quando consultados eleitores que não apoiam nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro. Segundo o MDB, os dados foram apresentados durante uma reunião da Executiva Nacional da legenda, que contou com a participação de 50 integrantes.

    “Há um espaço para furar esses polos que já estão colocados, 40% da população busca uma alternativa moderada, que entregue resultados”, afirmou o presidente do partido, deputado Baleia Rossi (SP).

    A avaliação, segundo fontes ouvidas pela CNN, é de que que a candidatura de Tebet é sólida o suficiente para encabeçar a chapa. Nos bastidores, Baleia Rossi vem trabalhando para que o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aceite ser o vice.

    Em entrevista coletiva em Porto Alegre, a senadora disse que não está disposta a concorrer ao cargo de vice e reforçou o interesse em convencer Doria de que a candidatura dela seria a mais viável. “Nós estamos dialogando e temos esperança que até o dia 18 a gente possa convencer também o pré-candidato João Doria de que nós somos o melhor nome”, destacou.

    Porém, o tucano ainda não demonstrou disposição para isso. Procurada, a campanha de Doria não comentou diretamente a possibilidade de ele ser candidato a vice e ressaltou que “o próximo passo nas conversas entre os partidos para a escolha do candidato é a definição de critérios objetivos”.

    Outro obstáculo na candidatura de Tebet está dentro do próprio MDB. Existe uma ala do partido que trabalha contra o nome dela. São emedebistas mais antigos, que já se reuniram com o ex-presidente Lula em jantares em Brasília.

    Eles acreditam que lançar a senadora fará apenas com que os votos sejam dissipados entre os partidos de Centro. E tem os que defendem que a senadora desista da candidatura à presidência para declarar apoio a Bolsonaro.

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