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    Após polêmica com Forças Armadas, Barroso diz a interlocutores que adotará o silêncio

    No domingo, o ex-presidente do TSE disse que os militares são orientados a atacar o processo eleitoral

    Carolina Brígido

    O ministro Luís Roberto Barroso tem dito a pessoas próximas que, depois de sua fala sobre as Forças Armadas nas eleições, pretende não falar mais no assunto, para não agravar ainda mais a relação delicada do Judiciário com o governo Jair Bolsonaro (PL). No domingo, Barroso disse que os militares são orientados a atacar o processo eleitoral. A declaração provocou reação contundente da cúpula da caserna, que considerou uma “ofensa grave”. O ministro não pretende responder os militares.

    Dentro do STF, a fala de Barroso dividiu os ministros. Alguns consideraram importante, no sentido de chamar as Forças Armadas para atuarem de forma isenta no processo eleitoral. Outros avaliaram que o tom foi inadequado para um momento de crise já deflagrada entre o Palácio do Planalto e o Judiciário.

    Barroso é ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se notabilizou pela defesa da integridade das urnas eletrônicas. Nesse sentido, provocou declarações fortes do presidente Jair Bolsonaro, que desconfia do equipamento. Apesar de ter a intenção de sair dos holofotes, o ministro pretende continuar defendendo o uso das urnas.

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