Após pedido da Justiça, Bradesco bloqueia R$ 561 de Daniel Silveira
No início da semana, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a aplicação de multa no valor de R$ 405 mil ao parlamentar
Após determinação da Justiça para que as contas do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) fossem congeladas, o Bradesco enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) informando que bloqueou R$ 561,45 em três contas do parlamentar.
No início da semana, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a aplicação de multa no valor de R$ 405 mil ao parlamentar por descumprimento a decisões da Corte, entre elas o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de participar de eventos públicos e conceder entrevistas.
Na última quarta-feira (4), o Banco Central informou ao Supremo que já havia notificado todas as instituições financeiras para que bloqueassem as contas do deputado bolsonarista.
No ofício enviado pelo Bradesco ao STF, o banco declarou ter encontrado três contas em nome de Daniel Silveira, sendo duas em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e uma na capital fluminense, no bairro de Realengo, na zona oeste.
Os R$ 561,45 estavam em somente uma das contas, que foi aberta em Petrópolis. As outras duas contas estavam zeradas, conforme informado pela instituição financeira ao Supremo.
Quando Moraes definiu o valor da multa, a defesa do parlamentar foi procurada, mas informou que iria se manifestar somente no processo.
Tornozeleira
Em diversas oportunidades, Silveira afirmou publicamente que se recusaria a usar a tornozeleira. No fim de março, o deputado chegou a usar a Câmara como refúgio para que a Polícia Federal não pudesse instalar o equipamento nele.
Posteriormente, aceitou que a tornozeleira fosse colocada, mas manteve o aparelho descarregado. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, o dispositivo não é ligado desde o dia 17 de abril. Sem isso, é impossível rastrear o parlamentar.
Na quarta, a oficial de Justiça Doralúcia das Neves enviou um ofício ao STF no qual afirma que foi à Câmara dos Deputados, e que Silveira afirmou que “não vai mais usar tornozeleira, pois está cumprindo o decreto do Presidente da República”, referindo-se ao perdão concedido por Jair Bolsonaro após a condenação no Supremo a 8 anos e 9 meses de prisão.
Nesta semana, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal no qual defende que sejam mantidas as cautelares do deputado Daniel Silveira.