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    Após meses no exterior, Bolsonaro volta ao Brasil nesta quinta; veja o que sabemos sobre viagem

    Autoridades prepararam esquema de segurança reforçado; ex-presidente planejava desfile e discurso

    Da CNN

    Após quase três meses nos Estados Unidos, tendo viajado antes do fim de seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volta ao Brasil nesta quinta-feira (30). O desembarque está previsto para as 7h10, no Aeroporto Internacional de Brasília.

    Conforme noticiado por Pedro Teixeira, da CNN, os planos do ex-mandatário incluíam desfile em carro aberto e até discurso para apoiadores após o desembarque. O Partido Liberal (PL) também discutiu fazer anúncio nas redes sociais e mobilizar a militância bolsonarista.

    Entretanto, isso não deve ser possível devido ao esquema de segurança da Polícia Federal (PF), que recomendou que Bolsonaro não saia pelo saguão do aeroporto, utilizando uma rota alternativa, segundo Teo Cury, da CNN.

    Além disso, não serão permitidas manifestações e novos acampamentos em determinados locais. A PF também recomenda que as pessoas evitem ir ao aeroporto, para não atrapalhar o andamento dos voos.

    Assim, o Partido Liberal também informou, em nota, que “não está previsto qualquer evento ou fala do ex-presidente”.

    Após o desembarque, ele encontrará com Michelle Bolsonaro, Valdemar Costa Neto e o general Braga Netto. Eles devem, então, se reunir com outras autoridades na sede do PL, no Complexo Brasil, em Brasília.

    Segundo informações de Larissa Rodrigues, tanto o PL quanto Jair Bolsonaro ficaram irritados com as determinações das autoridades, pois visavam fazer dessa volta um evento para marcar o retorno do “líder da oposição”.

    Plano de segurança

    O planejamento da segurança deve envolver ao menos 500 policias, com bloqueios em avenidas próximas ao aeroporto. Todas as forças de segurança do Distrito Federal devem estar a postos desde às 4h.

    Há possibilidade de fechamento em “prazo curto” da Esplanada dos Ministérios e de acessos ao aeroporto.

    Haverá reforço de agentes da PF, que é responsável pela segurança aeroportuária no Brasil, do lado de dentro do aeroporto, incluindo o saguão — conforme pontuou Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, a corporação não tem competência legal para fazer a segurança na área externa.

    Um monitoramento informal feito pelo PL nas redes sociais apontou que pelo menos 5 mil pessoas cogitavam comparecer ao aeroporto na manhã de quinta-feira para receber o ex-presidente.

    Sobre um pedido de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, a Flávio Dino e à Polícia Federal de reforço na segurança no aeroporto, o ministro reforçou que “a PF agirá de acordo com a lei. Não posso aceitar seu pedido e desrespeitar a lei”.

    A PM terá no esquema agentes do Comando de Policiamento de Trânsito, que inclui os batalhões Rodoviário e o de Trânsito; o Batalhão de Operações Especiais (Bope); o Batalhão de Patrulhamento de Choque (BPChoque), as Tropas Convencionais da Área Central; O Batalhão com Cães (BPCães); e a Cavalaria.

    O objetivo da Secretaria de Segurança Pública do DF é repetir o esquema do 7 de Setembro do ano passado, quando todas as forças estiveram presentes e a operação foi considerada um sucesso.

    O Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) também estão no aeroporto de Brasília, bem como o Corpo de Bombeiros.

    A Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, monitora a chegada de ônibus e carros a Brasília.

    Presidente de honra do PL

    O PL informou que Jair Bolsonaro será o presidente de honra do partido. Ele deve assumir o compromisso assim que desembarcar no Brasil. Conforme antecipado por Gustavo Uribe, analista de Política da CNN, a expectativa é que o salário que o ex-chefe de Estado receberá a partir de abril seja de R$ 41,6 mil.

    Segundo a assessoria do partido, o convite para o cargo de honra foi feito pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

    Bolsonaro se filiou à sigla em novembro de 2021. Antes, ficou cerca de dois anos sem partido, após sair do PSL, pelo qual se elegeu presidente em 2018.

    *publicado por Tiago Tortella, da CNN

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