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    Após liminar, Largo da Batata será palco de ato contra Bolsonaro em São Paulo 

    A região foi utilizada nas jornadas de junho de 2013 e também foi palco em 2018 de protestos na eleição

    Iuri Pittada CNN

    Largo da Batata, em Pinheiros, bairro da zona oeste da capita Paulista
    Largo da Batata, em Pinheiros, bairro da zona oeste da capita Paulista
    Foto: Prefeitura de SP/Divulgação
     

    Movimentos da sociedade civil que convocaram um ato em São Paulo, neste domingo (7), contra as medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus e se diz a favor da democracia vão transferir a manifestação da Avenida Paulista para o Largo da Batata, na zona oeste da capital.

    A região foi utilizada nas jornadas de junho de 2013 e também foi palco em 2018 de protestos contra o então candidato Jair Bolsonaro, na campanha presidencial daquele ano. 

    A decisão, confirmada à CNN por fontes ligadas aos grupos organizadores, é consequência de uma liminar concedida na noite de sexta-feira (5) pela Justiça, na qual o juiz Rodrigo Galvão Medina atendeu a um pedido do governo de São Paulo e proibiu a realização de atos de grupos politicamente antagônicos no mesmo local e data.

    As manifestações a favor e contra Bolsonaro estavam sendo convocadas para a Avenida Paulista, com algumas horas de diferença e poucos quarteirões de distância.  

    No fim de semana anterior, a Polícia Militar precisou utilizar bombas de efeito moral para dispersar conflitos pontuais entre apoiadores do governo federal, concentrados na frente da sede da Fiesp, e opositores de Bolsonaro convocados por torcidas organizadas, que estavam diante do Masp. A atuação da PM sofreu críticas por atitudes como, por exemplo, a não apreensão de um taco de beisebol ostentado por uma mulher. 

    De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, haverá nova rodada de conversas ao longo deste sábado (6) para que a liminar seja cumprida – isto é, não ocorram atos antagonistas na Paulista no domingo. A medida judicial cita uma lista de movimentos favoráveis e contrários a Bolsonaro, mas não menciona a realização das manifestações em locais diferentes.

    Os organizadores divulgaram nota sobre a decisão:

    Na noite de sexta-feira o Tribunal de Justiça de São Paulo, proferiu decisão que proíbe a realização de atos no domingo dia 07/06 na Av. Paulista.

    Nós, torcedores articulados no Movimento Somos Democracia, ativistas do movimento negro e da Frente Povo Sem Medo entendemos que essa decisão atenta à liberdade de manifestação. Apesar disso, para garantia da integridade física dos manifestantes, comunicamos a decisão de mudança do local do ato em São Paulo para o Largo da Batata às 14h.

    Reforçamos todas as medidas sanitárias que estão sendo tomadas até aqui, como a criação de uma brigada de saúde para orientação dos manifestantes, a distribuição gratuita de máscaras e álcool gel e o reforço do distanciamento de pelo menos 1,5 m durante a manifestação. 

    Não vamos aceitar censura nem intimidação! Estaremos nas ruas em defesa da democracia, contra o fascismo e o racismo. TODOS E TODAS AO LARGO DA BATATA!

    Somos Democracia

    Frente Povo Sem Medo

    Ato Urgente SP – Vidas Negras Importam

     

    Manifestação pró-Bolsonaro na Av. Paulista

    A manifestação prevista para este domingo (7) a favor do presidente Jair Bolsonaro será realizada na Avenida Paulista, no mesmo local em que há sete semanas consecutivas ocorrem atos semelhantes. A informação foi confirmada por uma nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

    Por força de uma liminar obtida pelo governo estadual, a Av. Paulista não poderia receber atos politicamente antagônicos. Por isso, torcedores organizados, ativistas do movimento negro e a Frente Brasil sem Medo decidiram transferir a manifestação do grupo contrário a Bolsonaro para o Largo da Batata.

    A despeito da distância de 5 km entre os dois pontos de manifestação deste domingo, a Polícia Militar vai mobilizar um aparato de segurança que envolve mais de 4 mil profissionais, com batalhões territoriais e especializados, três helicópteros, seis drones, 150 viaturas, quatro veículos guardiões e um veículo lançador de água.

    A PM não informou se este veículo lançador de água vai ficar próximo a alguma das manifestações.

    A Secretaria de Segurança também informou ter preparado um sistema especial de plantão em quatro distritos policiais da cidade, para registro de eventuais ocorrências.

    Além disso, o governo diz que estão proibidos nas manifestações bandeiras e faixas com mastro ou hastes, guarda-chuvas, bastão para tirar fotos, materiais e objetos pontiagudos, armas, fogos de artifício, tacos de beisebol, golfe e similares, entre outros.

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