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    Após espera recorde, Alcolumbre avalia anunciar sabatina de Mendonça na próxima semana

    O presidente da CCJ sinalizou ao presidente do Senado Federal que discute marcar a inquirição parlamentar para dezembro

    Gustavo UribeTainá Farfan

    Após mais de quatro meses de espera, o presidente da CCJ (Comissão de Constitucional e Justiça) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), discute marcar para dezembro a sabatina de André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal).

     

    Segundo relatos feitos à CNN, o parlamentar sinalizou tanto na segunda-feira (22) como nesta terça-feira (23) ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e a senadores que integram a comissão parlamentar a predisposição em marcar a data.

    Alcolumbre considera anunciar a sabatina até o final da próxima semana, quando pretende divulgar o calendário até o final do ano de votações da comissão parlamentar do Senado Federal.

    Em conversas reservadas, o parlamentar observou que, pelos cálculos feitos até o momento, teria uma maioria apertada para derrubar a indicação de Mendonça. O receio de aliados do senador é de que, no médio prazo, a pressão de lideranças evangélicas acabe virando votos a favor de Mendonça.

    Além disso, há um receio de interlocutores do senador de que deixar a sabatina para o ano que vem pode ser utilizado por adversários do parlamentar como munição eleitoral, sobretudo diante do eleitorado bolsonarista e evangélico no Amapá.

    Nos últimos quatro meses, desde que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficializou a sua indicação ao STF, Alcolumbre não respondeu aos contatos de Mendonça.

    Segundo relatos feitos à CNN, o indicado de Bolsonaro para a vaga de Marco Aurélio Mello enviou mensagens e tentou contato telefônico com o presidente da CCJ, mas não obteve retorno até o momento.

    A demora para marcar a data é a maior de um presidente da CCJ para a realização de uma sabatina de um indicado à Suprema Corte.

    Procurada pela CNN, a assessoria de imprensa de Davi Alcolumbre respondeu que ainda não irá comentar sobre o assunto.

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