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    Após descumprir decisão de Moraes, Bolsonaro desconversa e diz que está “tudo em paz”

    Ministro do Supremo determinou que presidente prestasse depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (28); Bolsonaro, no entanto, não compareceu

    Pedro Teixeirada CNN , em Brasília

    Um dia após não comparecer para prestar depoimento sobre uma investigação que apura o vazamento de documentos sigilosos durante uma transmissão ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ser questionado sobre o assunto neste sábado (29), desconversou e disse que “está tudo em paz”.

    Bolsonaro falou sobre o assunto durante um passeio na feira da Catedral Metropolitana de Brasília. Questionado em três oportunidades pela reportagem, se faria algum comentário sobre sua ausência no depoimento à Polícia Federal, o presidente não quis se estender.

    Na primeira vez que foi questionado, sugeriu falar sobre outros temas.

    Na segunda, esquivou-se novamente. Apenas na terceira ocasião em que foi indagado se queria se pronunciar, ele respondeu de maneira mais direta. “Não, não, tá tudo em paz, tudo tranquilo, aí, tá ok?”, respondeu.

     

    Ao não comparecer, Bolsonaro apresentou um agravo regimental ao STF por meio do advogado-geral da União, Bruno Bianco, alegando direito de ausência. No entanto, a medida não foi reconhecida pelo ministro Alexandre de Moraes, que manteve o depoimento do presidente à Polícia Federal (PF).

    PEC dos Combustíveis

    Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que na próxima semana vai entregar no Congresso o Projeto de Emenda à Constituição dos Combustíveis. “Vamos entrar com uma PEC na semana que vem pedindo ao Congresso que me dê autorização para zerar o imposto do diesel sem fonte compensadora.”, declarou.

    O tema enfrenta resistência do mercado financeiro. Nos últimos dias, o Palácio do Planalto recebeu críticas de empresários e congressistas de que a possibilidade de redução ou isenção temporária do PIS/Cofins e do ICMS sobre combustíveis e energia é inviável diante do atual quadro fiscal.

    Reajuste salarial para servidores

    Questionado sobre a previsão orçamentária de reajuste para as forças policiais, Bolsonaro disse que ainda não tem uma decisão sobre o assunto.

    “Tem um montante reservado que está congelado. Ninguém falou da nossa parte que vai conceder ou não o reajuste. O que eu, todos precisam pensar, é que os recursos são poucos, estamos saindo de uma pandemia e se puder contribuir com uma categoria ou outra, nós devemos fazer. Eu acho que pode dar 1% para todo mundo ou reconhecer o valor de poucas categorias agora.”

    Convenção Partido Liberal

    O partido do presidente realizou neste sábado (29), a sua convenção nacional, questionado sobre as negociações políticas no PL, Bolsonaro disse que o assunto está sendo tratado pelo presidente do partido, Valdemar Costa Netto, e seu filho, Sen. Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
    “Eu não vou entrar nessa questão política, vai me tomar o tempo todo. Nós temos muitos problemas no Brasil. Isso está na mão do presidente do partido, meu filho Flávio também está tratando desse assunto.”

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