Após depoimento na PF, ex-servidor do TSE teme ser preso, dizem interlocutores
Prisão ocorreria caso comportamento de Machado seja entendido como forma de atrapalhar a investigação sobre suposta falta de exibição de propagandas de Bolsonaro em rádios do Nordeste
O servidor exonerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a crise envolvendo inserções em propagandas em rádios, Alexandre Gomes Machado, contou a interlocutores que teme ser preso, por determinação do presidente da Corte, Alexandre de Moraes. Na avaliação desses interlocutores, a prisão ocorreria caso o comportamento dele seja entendido como forma de atrapalhar a investigação sobre a suposta falta de exibição de propagandas do presidente Jair Bolsonaro (PL), em rádios do Nordeste.
Gomes foi exonerado nesta quarta-feira (26), segundo disse em depoimento à Polícia Federal, meia hora depois de alertar o tribunal sobre o e-mail de uma rádio que reconheceria a suposta fraude.
A interlocutores, Gomes ressaltou que uma eventual prisão dele deixaria familiares e amigos constrangidos. Mais cedo, à CNN, ele disse que via como uma “cortina de fumaça”, mas não entrou em detalhes.
Até esta manhã, Gomes respondia como assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência. Depois do depoimento vir à tona, ele esteve reunido com advogado durante a tarde e noite desta quarta-feira após vir a público depoimento em que acusa a justiça eleitoral de tê-lo demitido como sinal de incômodo por supostas denúncias de falhas na fiscalização da veiculação de inserções nas emissoras.