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    Após barrar indicações estratégicas de embaixadores, governo eleito avalia substituições no exterior

    Avaliação entre diplomatas é de que o Brasil precisa elevar a sua relação bilateral após uma série de percalços com parceiros estratégicos nos últimos anos.

    Pedro Nogueirada CNN

    Depois de costurar um acordo para deixar de lado indicações controversas de diplomatas para embaixadas brasileiras, o governo eleito pondera futuras substituições em missões no exterior consideradas sensíveis para a diplomacia.

    A avaliação entre diplomatas ouvidos pela reportagem da CNN é de que o Brasil precisa elevar a sua relação bilateral após uma série de percalços com parceiros estratégicos nos últimos anos. Por isso, o novo governo pode substituir embaixadores brasileiros que já estão posicionados.

    No ciclo de embaixadas que podem ter suas lideranças revistas estão os Estados Unidos e o Reino Unido, além de importantes postos multilaterais, como as Delegações Permanentes do Brasil na ONU, tanto em Genebra quanto Nova York, e a Missão Brasileira na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.

    No Reino Unido, o uso político da visita presidencial ao velório da Rainha Elizabeth II pesa na situação do atual ocupante do posto. Na representação brasileira da ONU em Genebra, a mudança de posicionamento do Brasil em pautas históricas, como os direitos das mulheres, é considerada um fato relevante e que precisa ser reorientado.

    Comissão do Senado aprova indicações menos controversas

    A Comissão de Relações Exteriores do Senado vota nesta quarta-feira (23) seis indicações de diplomatas para a chefia de embaixadas brasileiras no exterior.

    Em acordo traçado entre o gabinete de transição e as lideranças do Senado, algumas nomeações controversas foram deixadas de fora desta rodada de sabatinas. Entre esses nomes estão os indicados como Argentina, Itália, França, Organização Mundial do Comércio e Turquia. As indicações podem ser revisadas pelo governo eleito.

    Alguns desses postos são considerados cruciais para as relações bilaterais. Outros são muito cobiçados por diplomatas brasileiros. Em outras indicações, os escolhidos são vistos como nomes ideologicamente alinhados com o atual governo e que precisariam de nomeações mais técnicas.

    Na terça-feira (22), a Comissão aprovou indicações de chefes de missão para Unesco, FAO, Tunísia, Jordânia, Mauritânia, Guiné Equatorial e Sudão. Na quarta, os senadores sabatinam candidatos a embaixador do Brasil no Vietnã, Guatemala, África do Sul, Costa Rica, Líbano e Tanzânia.

    A aprovação das nomeações libera espaço na pauta da Comissão de Relações Exteriores para futuras nomeações assinadas pelo novo governo, inclusive para substituir embaixadores atuais, quando necessário.

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