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    Após avaliação médica, Moraes manda PF ouvir Torres sobre ação da PRF no 2° turno

    Oitiva deverá ser feita até dia 8 de maio; Torres falará como “declarante”, e não investigado

    Lucas Mendesda CNN , Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (3), que Anderson Torres preste depoimento à Polícia Federal (PF) sobre a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022.

    Conforme a decisão, a oitiva deverá ser feita até o dia 8 de maio, “em horário a ser definido pela autoridade policial”.

    São apuradas supostas blitz em estados e cidades onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha mais vantagem pelas pesquisas eleitorais e votos do primeiro turno. Na época, Torres era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL). No cargo, a PRF e a PF estavam subordinadas a ele.

    Moraes mandou oficiar a direção do batalhão da Polícia Militar onde Torres está preso para que providencie “as condições necessárias para a realização de sua oitiva, inclusive mediante escolta policial para o deslocamento”.

    Torres dará o depoimento na condição de declarante, ou seja, ele ainda não é investigado formalmente no caso. Será assegurado e ele o “direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”, segundo Moraes.

    Torres está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator na Corte das investigações sobre os ataques.

    Um primeiro depoimento do ex-ministro da Justiça no inquérito chegou a ser marcado, mas foi cancelado devido ao “estado de saúde delicado” de Torres.

    Desde então, Torres teve a medicação ajustada e “tem tido acompanhamento médico frequente”, conforme Moraes.

    Transferência

    Em relatório enviado ao STF, a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) avaliou que não considera necessária a transferência do ex-ministro da Justiça para um hospital penitenciário.

    Em 18 de abril, a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, disse em depoimento à PF que produziu um mapa para o ex-ministro Anderson Torres dos locais onde Lula obteve mais votos no primeiro turno das eleições.

    O mapa teria sido usado por Torres juntamente à PRF na tentativa de impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no segundo turno. Blitz foram montadas em municípios de estados do Nordeste com base nesse mapa feito pela inteligência.

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