Após acidente, Lula retoma atividades no Planalto nesta sexta-feira (25)
Presidente participa de evento de assinatura de acordo para reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que vai participar, nesta sexta-feira (25), do evento de assinatura de um acordo multibilionário com autoridades federais e estaduais para reparação e compensação pelo rompimento da barragem de rejeitos em Mariana (MG).
A cerimônia, marcada para o período da manhã no Palácio do Planalto, será o primeiro evento público com a participação de Lula após a queda que sofreu no banheiro do Alvorada, no último fim de semana. O presidente teve um corte na parte de trás da cabeça e precisou receber cinco pontos.
Na quarta-feira (23), a primeira-dama Janja da Silva chegou a afirmar que o presidente voltaria a despachar no Planalto somente na próxima segunda-feira (28).
Contudo, o chefe do executivo federal resolveu antecipar seu retorno à sede do governo federal. Ele fechou os detalhes sobre o evento com ministros durante reuniões realizadas no Alvorada, de onde despachou durante a semana.
Além do presidente, confirmaram presença no evento o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o governador de Minas Gerais (MG), Romeu Zema (Novo) e o governador do Espírito Santo (ES), Renato Casagrande.
Integrantes do judiciário mineiro e de movimentos que representam as vítimas da tragédia também foram convidados.
Acordo
O acordo deve somar um total de R$ 170 bilhões e inclui pagamentos já realizados pela Vale, BHP e Samarco, além de recursos novos e obrigações das mineradoras.
A barragem da Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP, se rompeu em novembro de 2015, despejando uma onda gigante de lama, que matou 19 pessoas e deixou centenas de desabrigados. Ainda atingiu florestas, comunidades e rios da região, inclusive o rio Doce, em toda a sua extensão até o mar.
De acordo com Ministério Público do Estado (MPMG), cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro tomaram conta de comunidades, plantações e poluiu a bacia do Rio Doce, com reflexos no litoral do Espírito Santo.