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    Apenas procuradores podem chefiar o Ministério Público de SP; STF concordou com critério

    Tribunal decidiu que lei estadual pode adicionar critérios à escolha; ação apresentada visava à inclusão de promotores

    Aline Fernandescolaboração para a CNN , São Paulo

    O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a norma que restringe a chefia do Ministério Público de São Paulo aos procuradores de Justiça, servidores que atuam junto à segunda instância do Judiciário.

    A questão foi decidida em sessão virtual, que terminou no fim de junho. No julgamento, ficaram vencidos os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia.

    Como é hoje

    Segundo a lei, o procurador-geral é nomeado pelo governador, a partir de uma lista tríplice formada pelos procuradores de Justiça mais votados pelos membros da carreira.

    A regra atualmente válida define a possibilidade de concorrer ao cargo de procurador-geral de Justiça, que é o chefe do MP estadual, somente para procuradores, e não para promotores.

    Questionamento da norma no STF

    Em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), o PDT e a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) alegaram que a exclusão dos promotores de Justiça – que atuam na primeira instância – criaria um privilégio a uma parcela da carreira e violaria os princípios da igualdade e da não discriminação.

    Critérios adicionais

    O relator das ações no tribunal, ministro Dias Toffoli, afirmou que o critério da lei paulista é razoável, uma vez que se presume que o procurador-geral de Justiça será escolhido entre os profissionais mais experientes e com maior tempo de carreira.

    Porém, em seu entendimento, também não há inconstitucionalidade na definição de critérios adicionais para a escolha, desde que respeitadas as normas nacionalmente vigentes.

    “Embora não representem sua totalidade, os procuradores de Justiça são membros da carreira do Ministério Público paulista”, observou o ministro.

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