Ao STF, Chiquinho Brazão nega relação com Lessa, se emociona e elogia Marielle
Deputado federal é réu em investigação que apura assassinato da vereadora e seu motorista em 2018
O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) negou envolvimento com Ronnie Lessa, ex-policial e assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O parlamentar foi interrogado nesta segunda-feira (21) no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o primeiro dos cinco réus no caso a serem interrogados a partir desta segunda sobre os assassinatos, ocorridos em 2018.
“Minha amiga”
Durante o depoimento, Brazão se emocionou e disse que tinha uma “boa relação” com Marielle. “Sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável, a gente sempre teve uma boa relação”.
O deputado também disse que Marielle foi “vítima de um crime bárbaro”.
“Nunca tive contato”
Chiquinho Brazão foi apontado por Ronnie Lessa em delação premiada como um dos mandantes do assassinato de Marielle. À Polícia Federal, Lessa disse que Chiquinho e o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, teriam oferecido a ele US$ 10 milhões em troca da morte da vereadora.
Questionado sobre a relação com Lessa, Chiquinho Brazão afirmou: “Nunca tive contato com Ronnie Lessa. Nenhum contato com ele. Não o conheço, com certeza”.
Próximos passos
Além de Brazão, serão ouvidos entre esta segunda e sexta-feira (25):
- Domingos Brazão,
- Rivaldo Barbosa (delegado da Polícia Civil),
- Paulo Pereira (major da Polícia Militar),
- e Robson Calixto Fonseca (policial militar).
O interrogatório é praxe em uma ação penal. É o momento em que o réu pode dar sua própria versão dos fatos pelos quais ele responde.
Depois dos interrogatórios, acusação e defesa terão cinco dias para avaliar se vão pedir outras diligências.
Depois, as partes terão prazo de 15 dias para apresentar suas alegações finais – são as últimas manifestações no processo. Só depois desta etapa o caso fica liberado para julgamento.
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