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    Ao menos três partidos cobiçam Ministério do Desenvolvimento Regional no governo Lula

    MDB foi o primeiro a se manifestar e pedir para indicar o próximo ministro da pasta; ideia é que o partido tenha direito a indicar um integrante para um ministério, além de Simone Tebet

    Gabriel HirabahasiLarissa RodriguesLuciana Amaralda CNN , em Brasília

    Ao menos três partidos, fora o PT, já entraram em contato com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para demonstrar interesse em assumir o comando do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a partir do ano que vem.

    As siglas MDB, PSD e Solidariedade, que devem fazer parte da base aliada do novo governo, disputam a pasta – uma das maiores e com mais recursos da Esplanada dos Ministérios.

    O MDB foi o primeiro a se manifestar e pedir para indicar o próximo ministro do Desenvolvimento Regional.

    Segundo parlamentares, a ideia é que o partido tenha direito a indicar um integrante para um ministério, além de Simone Tebet (MS).

    Fora o Desenvolvimento Regional, a legenda já demonstrou interesse também no Ministério das Cidades, que deve ser recriado a partir do desmembramento do próprio Ministério do Desenvolvimento Regional.

    Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA) estão entre os caciques do MDB vistos com maior força para emplacar um nome no MDR.

    Nem todos dentro do MDB concordam com o partido dentro do governo Lula, no entanto, reconhecem a força da ala nordestina na sigla. Renan é próximo de Lula e Helder Barbalho, reeleito governador do Pará e filho de Jader, ganhou força nas últimas eleições, inclusive pela bancada forte que conseguiu ajudar a eleger ao Parlamento.

    Um interlocutor do PT no Senado disse que a escolha de ministérios é “assunto para o Lula cuidar” ao pousar novamente em Brasília.

    Ele também afirmou ser preciso conversar com cada grupo para se tentar um consenso porque o futuro governo quer um MDB ao seu lado o menos dividido possível.

    Já o PSD deverá conquistar ao menos dois ministérios no governo petista.

    Segundo interlocutores, em conversas recentes com integrantes do novo governo, o presidente do partido, Gilberto Kassab, também afirmou que a legenda quer comandar o Desenvolvimento Regional.

    Existe ainda a possibilidade de o PSD conquistar os ministérios da Saúde, da Agricultura ou da Infraestrutura.

    Além do MDB e do PSD, como a CNN revelou, o Solidariedade tenta emplacar a deputada federal Marília Arraes – que tentou ser eleita governadora de Pernambuco, mas acabou derrotada – como ministra do Desenvolvimento Regional.
    Nesta semana, a parlamentar foi nomeada para participar de um grupo que irá debater o assunto durante a transição.

    Cabe a pasta do Desenvolvimento Regional cuidar da infraestrutura urbana e do desenvolvimento dos estados. Também fica sob o guarda-chuva do ministério a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

    Sob o comando do Centrão, a estatal ganhou força durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e passou a atuar em projetos de pavimentação e ter acesso a emendas de relator, conhecidas como o Orçamento Secreto.

    A pasta foi criada no governo Bolsonaro a partir da união dos ministérios da Cidades e da Integração Nacional.

    Lula já disse, durante a campanha, que pretende recriar o Ministério das Cidades, o que levaria a desmembrar a estrutura criada por Bolsonaro.

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