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    Ao decidir votar PEC, Lira coloca data para o fim da crise entre os poderes

    De acordo com o analista político Caio Junqueiro, a Câmara age como intermediadora entre Bolsonaro e STf ao votar a PEC do voto impresso

    Da CNN, em São Paulo

     A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) de anunciar nesta sexta-feira (6) que vai pautar a PEC do voto impresso para ser votada em plenário mesmo após ter o texto recusado na comissão é uma tentativa do Legislativo de assumir a posição de mediador na crise entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF), na visão do analista de política da CNN Caio Junqueira. 

    “O Congresso Nacional, o Poder Legislativo, puxa para si a responsabilidade, coloca a bola no chão, e age como um intermediador entre os dois poderes, avocando para si ao levar esta PEC para o plenário”, afirma. 

     

    A pressão do presidente pelo voto impresso fechou o diálogo do Planalto com o STF. Após anunciar que a reunião entre os poderes estava cancelada, o presidente da corte, Luiz Fux, reuniu-se nesta sexta com o procurador-geral da república, Augusto Aras. Mesmo após a reação do STF, Bolsonaro segue com os ataques. Em um evento em Santa Catarina nesta sexta, ele xingou o presidente do Tribunal Superior Leitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. 

    Na visão do analista, ao colocar em votação a PEC, Lira “coloca uma data” para o fim da crise. “Ele pegou essa bola, essa bronca que eles tem com o Judiciário, atenderam um desejo do presidente e disseram: ‘é até aqui. É até 30 de agosto’. Daqui em diante, se o senhor perder, não me venha com chorumelas. Judiciário, vamos tentar fazer um texto de acordo?’ Essa é a ideia do Arthur Lira ao pegar essa bola'”, disse. 

    Lira encerrou o seu pronunciamento nesta sexta dizendo que o seu dedo segue no “botão amarelo”. Para Junqueira, a frase foi uma mensagem para Bolsonaro. Tal botão seria a única ameaça que o presidente da Câmara poderia fazer para moderar o presidente – a abertura de um processo de impeachment. 

    Publicado por Evandro Furoni

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