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    Antes de reunião com Lula, Anielle foi ouvida por AGU, CGU e Ministério das Mulheres

    Conversas aconteceram durante a manhã; ministra vai se encontrar com presidente ainda nesta sexta-feira

    Gabriela Pradoda CNN , Brasília

    A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi ouvida na manhã desta sexta-feira (6) sobre os supostos assédios que teriam sido cometidas contra ela pelo Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

    As conversas aconteceram a pedido do Palácio do Planalto. As informações serão repassadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terá reuniões sobre o caso nesta tarde.

    Anielle foi ouvida pelos ministros da Controladoria-Geral da União (GCU), Vinicius de Carvalho, da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

    A intenção das conversas iniciais é dar a Lula o máximo de elementos possíveis, dos dois lados, para conduzir as reuniões que devem definir a situação de Almeida no governo.

    Antes de decidir, o chefe do Executivo deve ouvir os dois ministros envolvidos. Para as apurações em andamento, a CNN apurou que o governo descarta qualquer possibilidade de uma acareação entre Anielle e Almeida.

    Mais cedo, em entrevista à rádio Difusora Goiânia, Lula afirmou que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”. Também disse que Almeida teria o direito de defesa e presunção de inocência para a devida apuração.

    O chefe do Executivo afirmou que ao tomar conhecimento das denúncias pediu aos ministros da CGU, AGU e da Justiça, Ricardo Lewandowski, para iniciarem as conversas sobre o caso.

    Entenda o caso

    A organização Me Too Brasil confirmou, na quinta-feira (5), ter recebido denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida.

    O caso foi revelado pelo portal “Metrópoles”, que apontou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como uma das vítimas. A CNN apurou que ela relatou, para integrantes do governo, ter sido alvo de assédio. A ministra ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

    Pelo menos quatro casos de assédio sexual foram levados ao Me Too. Também teriam sido feitas dez denúncias de assédio moral contra Silvio Almeida no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.

    Em nota, o ministro disse “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra” ele. Alegou ainda que as denúncias não têm “materialidade” e são baseadas em “ilações” e que o objetivo das acusações são lhe “prejudicar” e “bloquear seu futuro”.

    A Polícia Federal (PF) vai investigar as denúncias de assédio com abertura de inquérito ainda nesta sexta-feira. Silvio Almeida também solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR), à CGU e à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República que apurem as denúncias contra ele.

    Por unanimidade, a Comissão de Ética Pública decidiu abrir um procedimento preliminar para apurar as denúncias. Almeida terá dez dias úteis para se manifestar, a partir do momento em que for notificado.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?

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