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    Anielle diz que agora espera por justiça para os mandantes da morte de Marielle

    Ministra afirmou ainda que acompanhar julgamento que condenou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foi “muito difícil”, mas um “passo importante"

    Gabriela Boechatda CNN , Brasília

    A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou nesta quarta-feira (6) que segue acompanhando as investigações sobre o caso Marielle e espera por justiça em relação aos mandantes do crime.

    “Agora, esse futuro é totalmente girado para quem mandou matar a Mari, porque assassinar uma mulher eleita, da maneira que ela foi, simplesmente porque estava ‘atrapalhando’, e eles tinham essa visão, de que ela poderia atrapalhar os seus trabalhos, é inadmissível”, disse Anielle no programa Bom Dia, Ministra, da EBC.

    “A gente vai seguir acompanhando. O que fica para a gente agora é quem mandou matar e se de fato essas motivações serão confirmadas”, completou.

    Os ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados na última quinta-feira (31) pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

    Ronnie Lessa pegou 78 anos e 9 meses de prisão, e Élcio de Queiroz, 59 anos e 8 meses.

    Segundo Anielle, acompanhar o julgamento e ouvir os condenados foi muito difícil, mas foi “um passo importante”, já que muitas pessoas no Brasil “não chegam a um mínimo que seja de justiça”.

    Os réus acusados de serem os mandantes do crime passarão por julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo já está em fase final de tramitação. São réus:

    •  Deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ);
    •  Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão;
    •  Delegado da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa;
    •  Major Ronald Paulo Pereira;
    •  Policial militar Robson Calixto Fonseca.

    De acordo com a PF, o motivo da execução está relacionado à atuação da milícia na disputa por terras na zona oeste do Rio de Janeiro.

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