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    Anderson Torres sabotou segurança do DF, diz interventor à CNN sobre atos criminosos

    Em entrevista nesta terça (10), nomeado pelo presidente Lula para assumir segurança do DF disse que comando da Secretaria de Segurança Pública foi trocado e secretário viajou para fora do Brasil

    Basília RodriguesLéo Lopesda CNN , em Brasília e São Paulo

    O interventor federal Ricardo Cappelli acusou o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) Anderson Torres de sabotar a segurança da capital federal nos atos criminosos nos quais foram atacadas as sedes dos Três Poderes.

    Em entrevista à CNN, Cappelli afirmou que Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mudou todo o comando da secretaria e viajou para fora do Brasil.

    “No dia 1º, tivemos uma posse com milhares de pessoas e uma operação de segurança extremamente exitosa. O que mudou para o último domingo, dia 8, foi que, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança, exonerou todo o comando e viajou. Se isso não é sabotagem eu não sei o que é”, disse o interventor.

    O nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a segurança do DF argumentou que “o problema não estava nos oficiais da Policia Militar e na corporação”.

     

    “Nas últimas 36 horas, estiveram ao meu lado dezenas de oficiais, delegados da Polícia Civil do DF, que cumpriram suas obrigações. O que faltou no domingo foi a liderança da Secretaria de Segurança”, afirmou.

    Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil.

    Ricardo Cappelli, interventor federal no DF

    No domingo (8), enquanto criminosos invadiam e depredavam as sedes dos Três Poderes, o então secretário de Segurança do DF estava nos Estados Unidos, em Orlando, conforme apurou a analista da CNN Larissa Rodrigues.

    O interventor Rodrigo Cappelli explicou que, desde que foi nomeado ao cargo, o primeiro desafio foi assumir o comando das forças de segurança da capital federal.

    Então, foi realizado um esforço para desmobilizar o acampamento bolsonarista no Quartel General do Exército em Brasília, bem como a identificação e prisão daqueles que participaram dos atos de domingo.

    Cappelli explicou que agora serão apuradas as responsabilidades. “Há farto material para identificar não só a conduta dos manifestantes, mas também a conduta daqueles que, como agentes da lei, não cumpriram o seu papel”, afirmou.

    “Volto a dizer: a responsabilidade central no domingo foi a falta de comando. Foi uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres, que deixou a secretaria sem direção, sem liderança e fugiu para o exterior”, concluiu.

    CNN tenta contato com Anderson Torres para responder as acusações.

    Nesta segunda (9), pelo Twitter, o ex-secretário e ex-ministro publicou um pronunciamento dizendo que foi “surpreendido pelas lamentáveis cenas” em Brasília durante seu “segundo dia de férias”.

    “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”, escreve o comunicado.

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