Percentual de indecisos em 6% é nível historicamente baixo, dizem analistas
Conforme o levantamento de 29 de agosto, Luiz inácio Lula da Silva tem 44% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 32%
A taxa de indecisos da última pesquisa Globo/Ipec sobre a disputa presidencial, divulgada na última segunda-feira (29), ficou em 6% no primeiro turno das eleições deste ano. No segundo turno é de 4%.
Andrei Roman, cientista político e CEO da AtlasIntel, acredita que “a pesquisa se revela, a partir da metodologia que ela aferiu, de forma bem competente. Existe, no entanto, um fenômeno quando a gente tem interação humana nas entrevistas, é que as vezes as pessoas sentem uma certa timidez em termos de revelar a real opção”.
“Enquanto mais direta essa interação fica, se é uma entrevista presencial, por exemplo, essa taxa de indecisão tende a crescer. Numa entrevista telefônica, está um pouco menor. Em uma entrevista sem interação humana qualquer, um questionamento via web, a taxa de indecisão já é bem menor.”
No entanto, Roman considera o número de indecisos baixo. Em sua opinião, o fato acontece pela popularidade dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Isso por eles já terem sido presidentes e por seus atributos já serem conhecidos. E também pela cristalização da rejeição de cada um, sem caminho viável para a terceira via.
O especialista CNN em Economia, Alexandre Schwartsman, também não se vê surpreso com a amostragem.
“Não é a corrida politia de 1989, em que o Lula foi para o segundo turno raspando. Isso aqui está cristalizado desde o zero do jogo e com a figuras muito conhecidas”, explica. “Mesmo que esses 6% decidissem ir para o Bolsonaro, neste momento, não evitaria o segundo turno e o Lula ainda venceria no primeiro”.
O cientista político Creomar de Souza compartilha da opinião. “Eu creio que diferentemente de uma série de outras eleições, sobretudo de 1993 para cá, esse é o primeiro momento na história dessa nova República brasileira em que nós temos frente a frente dois políticos, que cada um ao seu estilo, e em determinados grupos, são muito populares.”
“Então, isso acaba fazendo com que nós temos um nível de cristalização de escolhas muito alto e um número de indecisos, por consequência, muito baixo”, analisa.
Lula aparece à frente, com 44% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 32%. Na sequência, está Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Simone Tebet (MDB), com 3%. Felipe d’Ávila (Novo) tem 1%.Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (Pros), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram.
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro. O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
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O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Divulgação/TSE
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O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL)
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT)
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A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB)
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O candidato à Presidência José Maria Eymael (DC) • Divulgação/TSE
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O candidato à Presidência Felipe D’Avila (Novo)
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O candidato à Presidência Leonardo Péricles (UP)
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A candidata à Presidência Sofia Manzano (PCB)
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A candidata à Presidência Soraya Thronicke (União)
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A candidata à Presidência Vera Lucia (PSTU)
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O candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB) • Divulgação/TSE