Alta abstenção prejudicaria mais o ex-presidente Lula, avalia cientista político
À CNN Rádio, Eduardo Grin destacou que o histórico das eleições aponta para um nível de 20% de abstenção no 1º turno
Na avaliação do cientista político da FGV de São Paulo, Eduardo Grin, uma alta abstenção nas eleições deste ano “prejudicaria mais o ex-presidente Lula.”
O petista lidera as pesquisas de intenção de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição.
Em entrevista à CNN Rádio, Grin afirmou que o “eleitor com menos recursos, de baixa renda e de baixa escolaridade, tende a se ausentar.”
Como este grupo vota de forma majoritária em Lula, segundo o cientista político, “há um prejuízo bastante claro” para ele.
“Não por acaso Lula tem conclamado a população a ir votar”, completou.
Historicamente, o primeiro turno tem em torno de 20% de abstenções.
Diversos fatores, de acordo com Grin, levam à abstenção, como a distância do local de votação, o acesso e mesmo fatores climáticos, como a chuva.
O especialista acredita que ainda “tem muita água para rolar” até domingo, dia das eleições.
Para ele, Lula deve focar a campanha, além nas abstenções, no voto útil e no voto envergonhado.
Já Bolsonaro “deve radicalizar o discurso, para ampliar a rejeição ao PT” e associar a imagem de Lula, como tem feito, “com a corrupção”.
*Com produção de Isabel Campos