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    Aliança entre Bolsonaro e Moro é conveniente para ambos, diz cientista político

    Para Miguel Lago, da Universidade de Columbia, presidente precisa de mais antipetistas, e Moro quer ser sucessor de Bolsonaro

    Carolina Cerqueirada CNN

    Para o cientista político Miguel Lago, professor da Universidade de Columbia, a declaração do ex-juiz Sergio Moro de apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno é “conveniente” para ambos.

    Segundo Lago, a aliança é benéfica para Bolsonaro porque atrai “o resto de uma Lava Jato que não era totalmente bolsonarista e agora adere, reforçando o caldeirão antipetista”.

    Já Moro estaria “apostando na derrota de Bolsonaro” para ser seu sucessor.

    “Também é muito conveniente para o Moro porque acho que ele está apostando na derrota do Bolsonaro e que ele possa, em algum lugar, ser o futuro dessa extrema-direita, mais uma vez, menosprezando o Bolsonaro”, disse em entrevista à CNN nesta sexta-feira (21).

    Para o cientista político, Moro, assim como Romeu Zema (Novo) que, segundo ele, seguem o mesmo caminho, terão dificuldade de se colocarem como sucessor do atual presidente. “O Bolsonaro tem muita força, esses caras não vão conseguir cooptar o movimento do Bolsonaro”, disse.

    O presidente foi questionado sobre a aliança com o ex-juiz no segundo turno em entrevista à CNN em parceria com outros veículos de comunicação nesta sexta-feira (21).

    “Mais importante é o destino do Brasil. Ele [Moro] conhece muito bem o que aconteceu ao longo desses 14 anos de PT. Foi o homem que conduziu o inquérito que mostrou o quão entranhada estava a corrupção no Brasil”, avaliou Bolsonaro durante a entrevista.

    Lago ainda falou sobre o movimento bolsonarista e disse que a “culpa” não deve ser colocada, exclusivamente, sobre o conservadorismo e o antipetismo.

    “Eu discordo de quem culpa apenas dizendo que a população é conservadora. É claro que o brasileiro tem uma série de valores que a gente poderia considerar como conservadores, mas o conservador de verdade é, em primeiro lugar, anti-revolucionário e o Bolsonaro é um revolucionário”, colocou.

    “Eu também não acho que dê para culpar apenas o antipetismo, ainda que exista muito anti-petismo. O que eu avalio é que eu acho que existe um novo Brasil que está emergindo”, acrescentou Lago.

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