Aliados dizem que Bolsonaro se convenceu a adotar moderação no 7 de setembro
Leitura na campanha é que o próprio Bolsonaro vem baixando a temperatura política, o que não significa que ele não irá tocar em temas ligados ao Judiciário

Aliados do presidente Jair Bolsonaro disseram à CNN que ele está convencido de que é preciso utilizar as manifestações do 7 de setembro como um ato de campanha e que, portanto, é preciso moderação, acenar ao eleitor de centro para tentar diminuir sua rejeição e ganhar a eleição.
A leitura na campanha é que o próprio Bolsonaro vem abaixando a temperatura política em sinais que, para dentro do comitê e do governo, significam que ele não dobrará a aposta no 7 de setembro e evitará posicionamentos como os do Dia da Independência de 2021, quando ele xingou o ministro do STF Alexandre de Moraes de “canalha”.
Há uma avaliação de que depois que o TSE acatou a sugestão da Defesa de fazer um projeto piloto para testes de integridade da urna eletrônica, o assunto foi encerrado. Assim como estímulos a posições golpistas. Um sinal comemorado na campanha foi o pedido de Bolsonaro, nesta semana em Curitiba, para que manifestantes baixassem faixas defendendo posições antidemocráticas.
O que não significa que o presidente não deva tocar em temas ligados ao Judiciário, em especial nas críticas a possíveis ilegalidades na operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes contra empresários bolsonaristas.
Há uma apreensão ainda na campanha com a possibilidade de Bolsonaro se insuflar com os manifestantes e todo o roteiro previsto não ser cumprido.
Isso porque a operação da PF, segundo organizadores dos atos de 7 de setembro, inflamou parte da militância bolsonarista que pretende atacar Moraes e o STF. Embora a pauta oficialmente seja a defesa da liberdade e transparência nas eleições, os relatos feitos à CNN são de que parte da militância pretende estimular as bandeiras do 7 de setembro do ano passado com a presença de Bolsonaro.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos e as a vice-presidentes em 2022
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Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Gustavo Magnusson
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General Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa, é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição • Carolina Antunes
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Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, é a candidata a vice-presidente na chapa "puro sangue" de Ciro Gomes • Reprodução Twitter
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A senadora Mara Gabrilli (PSDB) compõe uma chapa 100% feminina como vice de Simone Tebet (MDB) • Gerdan Wesley
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Marcos Cintra (União Brasil) atuou, durante o Governo Bolsonaro, como secretário da Receita Federal e é o vice na chapa da presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) • José Cruz/Agência Brasil
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Tiago Mitraud (Novo), que está em fim de mandato como deputado federal, é o vice na chapa "puro sangue" de Felipe d'Avila (Novo) à Presidência
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A indígena Kunã Yporã, ou Raquel Tremembé, do PSTU, é da tribo Tremembé e é vice na chapa 100% feminina de Vera Lúcia (PSTU) à Presidência • Divulgação PSTU
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Samara Martins (UP) é dentista do SUS e candidata a vice na chapa de Leonardo Péricles (UP) • Thiago Melo / Reprodução Instagram
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Antonio Alves (PCB) é jornalista e vice na chapa de Sofia Manzano (PCB) • Reprodução/ PCB / Wikimedia Commons
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Pastor Luiz Cláudio Gamonal (PTB) é vice de Kelmon Souza (PTB) • PTB
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João Barbosa Bravo (DC), economista e ex-prefeito de São Gonçalo (RJ), é o candidato a vice-presidente na chapa de Eymael • Divulgação