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    Aliados de Lula dizem que presidente vai exigir “indícios concretos” antes de demissão de ministros

    Um dos principais termômetros de possíveis demissões é a popularidade da nova gestão

    Basília Rodrigues

    O governo Lula deverá exigir “indícios concretos” do que desabone, a ponto de demitir, algum integrante do primeiro escalão de governo, de acordo com aliados do Palácio do Planalto. Segundo essas fontes, ouvidas pela CNN, a avaliação é de que o governo não deverá reagir a publicações de notícias negativas de seus ministros, sem antes conversar com a legenda partidária da respectiva pasta.

    Em menos de uma semana de gestão, ministros da cota do União Brasil viraram problema. Daniela Carneiro (Turismo) e Waldez Góes (Integração), entraram na mira de especulações de que podem deixar o governo. Carneiro porque apareceu em foto com apoiadores ligados a milícias e Góes por ter sido condenado em 2019, por peculato, ainda que o processo tenha sido suspenso pelo Supremo Tribunal Federal, em 2020.

    Líder de governo em mandatos anteriores de Lula e Dilma, o petista Henrique Fontana (PT-RS), ressaltou à CNN que não cabe precipitação. “Quando tem notícia de algum problema em torno de algum membro de governo, seja ministro, seja qualquer outra nomeação. Nós temos que verificar com profundidade, sem medidas precipitadas que funcionasse como uma espécie de pré-julgamento ou julgamento sumário. Quando surgem problemas – e surgem, em todos os governos -, a postura do governo tem que analisar com profundidade cada um dos casos”, disse.

    Até aqui, a avaliação interna é de que os episódios que vieram à tona desde a posse não tiveram potencial de prejudicar a popularidade do governo. Um dos principais termômetros de possíveis demissões é a popularidade da nova gestão. Para a oposição, o governo demonstrou fragilidades em pouco tempo e poderá perder nomes antes do previsto. “Para o Lula demitir algum ministro, só se for por questões partidárias. Agora, por questões de ordem ética, primeiro tem que demitir o presidente”, afirmou à CNN, o deputado federal José Medeiros (PL-MT) que faz oposição a Lula.