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    Alcolumbre resiste a cancelar recesso de janeiro

    Segundo interlocutores, presidente do Senado avalia que o cancelamento do recesso favoreceria sobretudo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

    Igor Gadelhada CNN

    O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), resiste a suspender o recesso parlamentar de janeiro, como alguns deputados e senadores vêm defendendo.

    Segundo interlocutores, Alcolumbre avalia que o cancelamento do recesso favoreceria sobretudo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que quer avançar em sua agenda para se cacifar politicamente.

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    Maia e Alcolumbre se distanciaram recentemente em razão do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de ambos tentarem reeleição para o comando das respectivas Casas.

    O senador atribui sua derrota na corte ao presidente da Câmara. Para Alcolumbre, o resultado seria outro se Maia tivesse deixado claro que não tentaria reeleição para um quarto mandato como presidente da Casa.

    De acordo com aliados de Maia e Alcolumbre, os dois não se falam por telefone desde pelo menos o dia 5 de dezembro, véspera da conclusão do julgamento sobre reeleição do STF.

    Além da questão política com Maia, interlocutores do presidente do Senado dizem que o cancelamento do recesso custaria caro ao Legislativo, porque teria de pagar hora extra para servidores durante o período.

    O Executivo também vê com ceticismo a suspensão do recesso de janeiro. À CNN, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse considerar “muito” difícil a suspensão do recesso.

    Segundo Barros, o governo até apoiaria o cancelamento no Senado. Ele lembrou, contudo, que a convocação extraordinária teria de ser para duas Casas, o que inviabiliza as chances, em razão das resistências na Câmara.

    Procurado, Maia não respondeu.

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