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    Alckmin vai a Manaus acompanhado de ministros para verificar impactos da seca nesta quarta (4)

    Existe possibilidade de Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada serem antecipados nos municípios que decretaram emergência, segundo o vice-presidente

    No roteiro de viagem programado, Alckmin e a comitiva do governo federal serão recebidos no aeroporto de Ponta Pelada pelo governador Wilson Lima (União)
    No roteiro de viagem programado, Alckmin e a comitiva do governo federal serão recebidos no aeroporto de Ponta Pelada pelo governador Wilson Lima (União) Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Gabriel GarciaGabriela Pradoda CNN

    em Brasília

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) vai a Manaus com uma comitiva de ministros nesta quarta-feira (4) para visitar as áreas atingidas pela seca que castiga a região Norte do país. A expectativa é que ele esteja na capital amazonense às 8h15 (horário local).

    No roteiro de viagem programado, Alckmin e a comitiva do governo federal serão recebidos no aeroporto de Ponta Pelada pelo governador Wilson Lima (União), representantes da Defesa Civil estadual e secretários.

    Veja também — Por conta da seca, 4ª maior hidrelétrica do país é paralisada

    Conforme informou o governo, os ministros que acompanharão o vice-presidente em Manaus são: Marina Silva, do Meio Ambiente; Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional; Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos; Alexandre Silveira, de Minas e Energia; José Múcio Monteiro, da Defesa; e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas.

    Ao desembarcar, o primeiro compromisso será uma visita ao porto de Manaus, onde há uma régua de medição do nível do Rio Negro. A intenção é avaliar a dimensão da vazante.

    Depois, a comitiva fará um sobrevoo de helicóptero em áreas afetadas pela seca na região metropolitana da capital. Alckmin e os ministros devem parar em uma das comunidades.

    Em seguida, os representantes da força-tarefa se deslocam para a sede do governo para encontro com lideranças políticas, associações e lideranças comunitárias.

    A comitiva deve conceder uma entrevista coletiva às 12h na capital do Amazonas para apresentar o resultado da visita.

    Lula pediu pessoalmente para que houvesse a viagem

    Após reunião no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Alckmin pontuou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que fosse criada uma comitiva para visitar a capital do Amazonas.

    Lula, pessoalmente, pediu que fossemos com os ministros a Manaus. Vamos ver problemas de seca, especialmente a questão fluvial, visitaremos as comunidades e depois faremos uma reunião de trabalho com as lideranças da região”, destacou.

    Ainda segundo o vice-presidente, a disponibilidade de água, alimentos e combustíveis é uma questão emergencial. “Estamos indo lá para ouvir e dialogar. Existe a possibilidade de o Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada serem antecipados nos municípios que decretaram emergência”, ressaltou.

    Impactos da seca e situação de emergência

    A seca na região Norte deixou animais mortos e embarcações encalhadas. Há risco de desabastecimento em cidades que dependem do transporte fluvial para o envio de combustível, alimentos e medicamentos.

    O governo do Amazonas decretou situação de emergência em 55 dos 62 municípios do estado. O ministro Waldez Goés destacou que mais três municípios devem entrar em situação de emergência nos próximos dias.

    Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas possam ser afetadas por efeitos da seca extrema. Outro estado bastante impactado é o de Rondônia.

    Para Silvio Costa Filho, a expectativa é trabalhar de forma conjunta com o Congresso e autoridades locais. “A expectativa é que possamos ampliar o diálogo com Congresso, governadores e que possamos pensar de maneira integrada sob a liderança do presidente Lula”, afirmou.

    O ministro observou ainda que a dragagem em um trecho de oito quilômetros entre Tabatinga e Benjamin Constant, no rio Solimões, que foi anunciada na semana passada, começa na quarta-feira. A ação deve ficar pronta em 30 dias.

    Já a segunda dragagem, no Rio Madeira, de 12 quilômetros, precisará de mais 45 dias para ser concluída. O custo das obras é estimado em R$ 138 milhões.