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    Alckmin diz à CNN que estava em missa durante ataques de 8/1 e que “patriota é quem defende a lei”

    De acordo com o vice-presidente, a resposta do governo para os atos foi "rápida" e "decisiva"

    Mayara da PazLuciana AmaralGabriel Garciada CNN , Brasília

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse na última terça-feira (2) que um cidadão patriota é aquele que “defende a lei” e “o contrário disso, é golpista”.

    A declaração foi feita em entrevista exclusiva à CNN, após ser questionado sobre os atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.

    Alckmin disse que estava em São Paulo, participando de uma missa, quando recebeu os primeiros relatos sobre os ataques na capital do país. Segundo ele, a resposta do governo para os atos foi “rápida” e “decisiva”.

    “Estava em SP na missa, na catedral de São Miguel Paulista […] à tarde. No meio da missa recebi um bilhete de que estava ocorrendo um tumulto, um quadro grave aqui em Brasília, mas, para ser sincero, não achei que fosse tão grave naquele momento”, explicou Alckmin.

    “Quando terminou a missa é que fui verificar a gravidade da situação. É crime, né? Na realidade, você atentar contra a Constituição brasileira, atentar contra o Estado Democrático é inacreditável. Patriota é quem defende a lei, quem defende a democracia, defende a Constituição. O contrário disso é golpista”, prosseguiu o vice-presidente.

    “A resposta do 8 de janeiro foi rápida e foi decisiva. Os Três Poderes – Executivo, Legislativo (o presidente da Câmara e do Senado), e o Judiciário — todos unidos na defesa da democracia. E no Executivo nos três níveis. […] Então, diria que a democracia saiu fortalecida”, acrescentou.

    Sem citar diretamente Jair Bolsonaro (PL), Alckmin afirmou ser “inacreditável” que alguém que foi eleito pelo sistema de urnas eletrônicas ao longo dos anos conteste o processo eleitoral quando derrotado.

    Desde 2019, quando ainda estava no comando do Palácio do Planalto, Bolsonaro fez reiteradas críticas e acusações de fraudes relacionadas às urnas eletrônicas. Ele, porém, nunca apresentou provas.

    “Quando você perde uma eleição, agradece os votos recebidos, cumprimenta os vencedores e bola para frente. Não é possível você se eleger pela urna eletrônica, eleger um filho senador pela urna eletrônica, eleger outro filho deputado pela urna eletrônica, outro filho vereador pela urna eletrônica, e, na hora que perde, não vale? É inacreditável”, pontuou o vice-presidente.

    Ato solene

    Na próxima segunda (8), o governo pretende realizar um ato que marcará um ano dos ataques golpistas.

    A cerimônia contará com uma sessão solene no Congresso Nacional. Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anteciparam a volta a Brasília para participar do ato.

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e todos os ministros da Corte, além de governadores e prefeitos também devem comparecer.

    Segundo a analista de política da CNN Jussara Soares, o Planalto quer fazer da cerimônia um ato com “caráter institucional”.

    A estratégia, segundo interlocutores da Presidência, é demonstrar união entre os Poderes e, consequentemente, isolar o bolsonarismo.

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