Alas do STF veem precipitação em debate sobre vacina
Esses ministros afirmam que o presidente do STF, Luiz Fux, caiu em uma “armadilha” ao defender que o Supremo seja protagonista na decisão sobre obrigatoriedade
Ministros de diferentes alas do Supremo Tribunal Federal dizem que as discussões sobre uma eventual intervenção do Judiciário no embate em torno de vacinas contra a Covid-19 são precipitadas e que é preciso baixar um pouco o tom das falas sobre o assunto.
Esses ministros afirmam que o presidente do STF, Luiz Fux, caiu em uma “armadilha” ao defender que o Supremo seja protagonista na decisão sobre obrigatoriedade e aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.
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A avaliação do Supremo é a de que a corte foi jogada no meio de uma polêmica sem que nem sequer haja ainda, de fato, uma vacina aprovada.
A ideia desses ministros é desacelerar o embate público em torno da vacina, e levando o tema ao plenário no momento certo, quando houver materialidade, ou seja, uma vacina em vias de ser certificada cientificamente.
Até lá, o assunto deve ser minimizado, no entendimento desses ministros. Eles afirmam que o calendário do Supremo deve estar alinhado ao da ciência. Ou isso, ou o Supremo corre o risco de repetir o roteiro que deu ao presidente Bolsonaro um discurso para se eximir das responsabilidades de medidas de combate à pandemia.
O STF deu aval para governadores e prefeitos adotarem medidas de isolamento social, mas não impediu o presidente de agir, como ele costuma dizer.