Ainda não há consenso sobre federação no partido, diz presidente do Cidadania
Em entrevista à CNN, Roberto Freire afirmou que tem preferência por uma aliança com o PSDB
Embora o Cidadania tenha como pré-candidato à Presidência o senador Alessandro Vieira (SE), o partido é disputado por outras três legendas para consolidar a formação de uma federação partidária: o PSDB de João Doria, PDT de Ciro Gomes e o Podemos de Sergio Moro. As federações permitem que duas ou mais siglas atuem de forma unificada por, no mínimo, quatro anos.
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (1º), o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o partido ainda não conseguiu chegar a um consenso sobre com quem irá se aliar para as eleições deste ano. Freire reforçou que a decisão será tomada em conjunto pelo diretório nacional da legenda.
“Não houve indicação porque não houve consenso na executiva sobre qual partido, se for aprovada a federação, terá tratamento prioritário pela própria direção nacional”, disse.
De acordo com o presidente do partido, há integrantes da legenda que são contrários à federação e defendem a candidatura única de Alessandro Vieira. No entanto, Freire ressaltou que “o partido já viveu momentos muito mais tensos do que esse e sobrevivemos”.
O político pontuou que não dá para se antecipar a decisão, e que o diretório nacional do partido irá se reunir no dia 15 de fevereiro para decidir sobre as alianças. De qualquer forma, garantiu que “se a federação for aprovada não haverá duplicidade de candidatos” e que a definição será tomada de forma totalmente democrática.
Diante da cobiça de outros três partidos, o presidente do Cidadania afirmou, no entanto, que tem preferência pela formação de uma federação com o PSDB. De acordo com Freire, a sigla tem mais identificação com os ideais tucanos.
O político avaliou que o PSDB possui “alianças mais recentes, participação em governos, participação em campanhas, são formados por sociais-democratas e liberais como nós e tem presença em discussões sobre sustentabilidade como o Cidadania”.
“Votarei, mas quem vai decidir será o diretório nacional e nós vamos cumprir a decisão do ponto de vista da nossa democracia”, considerou.
Quando questionado sobre as pesquisas de intenção de votos para a eleição presidencial deste ano, Freire afirmou que “ninguém ganha eleição com pesquisa” e que a disputa está aberta, visto que “50% do eleitorado não tem candidato”. “Precisamos ter cuidado, não tem que ter precipitação como se já estivesse tudo resolvido”, disse.
O presidente do Cidadania ainda ressaltou que partido está tendo “um papel crucial nesse campo democrático e na construção dessa alternativa“.
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