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    Agroindústria lança manifesto em defesa da democracia e critica instabilidade

    Texto é assinado por Abag, Abiove, Abisolo, Abrapalma, Crop Life Brasil, Ibá e Sindiveg

    Iuri Pitta

    Sete entidades ligadas à agroindústria divulgam nesta segunda-feira (30) um manifesto em defesa do Estado Democrático de Direito e apontam preocupações com “os atuais desafios à harmonia político-institucional e, como consequência, à estabilidade econômica e social” do país. Parte dessas organizações também era signatária de um texto articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cuja publicação acabou suspensa após críticas de integrantes do governo Jair Bolsonaro.

    “Em nome de nossos setores, cumprimos o dever de nos juntar a muitas outras vozes responsáveis, em chamamento a que nossas lideranças se mostrem à altura do Brasil e de sua História agora prestes a celebrar o bicentenário da Independência”, afirma o texto assinado por Abag, Abiove, Abisolo, Abrapalma, Crop Life Brasil, Ibá e Sindiveg, entidades que representam setores como a soja, o óleo de palma e a indústria de celulose.

    Em comum, são setores com ampla relação com o mercado internacional, seja por meio de consumidores diretos, seja pelo acesso a investidores e financiadores, e por isso são sensíveis aos abalos da imagem do país na comunidade mundial, em especial pelos problemas ligados às políticas ambientais do governo e às dificuldades de combate ao desmatamento ilegal.

    “Em uma palavra, é de liberdade que precisamos – para empreender, gerar e compartilhar riqueza, para contratar e comercializar, no Brasil e no exterior. É o Estado Democrático de Direito que nos assegura essa liberdade empreendedora essencial numa economia capitalista, o que é o inverso de aventuras radicais, greves e paralisações ilegais, de qualquer politização ou partidarização nociva que, longe de resolver nossos problemas, certamente os agravará”, diz o manifesto.

    O texto aponta as graves consequências que o país enfrenta ao se apresentar ao mundo “como uma sociedade permanentemente tensionada em crises intermináveis ou em risco de retrocessos e rupturas institucionais”. “O Brasil é muito maior e melhor do que a imagem que temos projetado ao mundo. Isto está nos custando caro e levará tempo para reverter.”

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